domingo, 28 de junho de 2009

di.amantes

tô na minha e você vem
com amor chama de meu bem
mas quando acredito
sobra sua ausência
essa lâmina afiada
você quer fazer sangrar
pra poder vir me curar
já falei sou diamante
uma cicatriz não fica
nem sequer um arranhar
pra doer tem que ser profundo
pra abrir vai ter que forçar
mas se conseguir penetrar meu mundo
nunca mais vou te largar!

sábado, 20 de junho de 2009

Numa Sexta

Na rua 37 um beco cheirava a vinho
Vinha a mim o estranho gosto da boemia
Boeiro de blues
Corri ao ponto mais alto da sensação de ser jovem novamente e dispensei meu terceiro pé
Corri ao fim, à mim
Desapareci na rua 37, cruzando um beco dionisíaco, numa sexta-feira de nunca mais.

segunda-feira, 8 de junho de 2009


Me diz o que fazer, a quem seguir, me rotula

Mas você é democracia

E eu sou linha dura

Você urge e eu gemo

Você quer que eu fale

e eu me calo

só pra ser mais um pouco tua

E no descompasso,

nossos corpos nunca se encontram

Guri


Te quero, Pequeno
Caiba sempre nos meus braços
Viva para os meus abraços
A alegria é esse espaço
que eu tenho junto a ti

Se cresceres desespero
te desprezo, menosprezo,
me acesso contra ti

Mas se perduras ou retrocedes
Tem sempre que me quiseres
Como amo o meu guri

Amor




Eu o amei. Entre cálidas e rosas.
Caridosa, cautelosa, silenciosa.
Amei como nunca antes pudesse,
Nunca antes houvesse.
Nunca antes quisesse.
Mas, meu amor era pecado. Consternado de sentidos.
Ser brutal era ser ambíguo.
Pecava por ser ingênuo e ser carnal.
Era o amor das bestas e o dos anjos.
Dos arcanjos proibidos
Não seguia leis, tinha vontade própria.
Roda, história e memória.
Ah, meu Deus, antes nunca pudesse,
não houvesse.
Não quisesse.
Caridosa, cautelosa e silenciosa.
Entre cálidas e rosas.
Eu o amei.