sexta-feira, 4 de abril de 2014

O Mago - Polly Queiroz - 2014
Hoje acabei me lembrando de quando conheci pessoalmente o Mago.
Sorte de newbie.

Adentrei em seus feudos fecundos(que O Mago permite que seja de todo mundo, desde que respeitem a natureza), guiada por um jovem e querido hobbit (que estranhamente conheci em plena cidade cinzenta) . Bem, esses feudos, caso adentrados por alguém que visa desrespeitar, faz se perder e andar em círculos eternos assombrados por seres irados, como curupiras dos pés virados.

Pois bem, o hobbit - Ib, bem me avisou. Fomos de cabeça aberta, mente pura.
Ib é conhecido dentro do templo que há em Valinor, e me parece que tem ingresso sempre permitido. O Templo do Mago... Lá, os honrosos vassalos do Mago protegem seu Senhor de todos, e assim, o Mago pode continuar sua produção sagrada para todo o sempre.

(Para quem não sabe, o Mago pega o barro do chão e lhe dá vida através do fogo eterno)

As pessoas podem visitar o Templo do Mago, repleto de seus seres. Mas com muito cuidado. Muitos, por nunca terem visto O Mago, acreditam que este seja uma lenda, mas, eu o vi e o ouvi, por poucos minutos.

Eu, uma reles mortal, tive muita sorte, pois um momento com O Mago é mais raro que encontrar uma pérola numa ostra de praia, ou um diamante no asfalto. Encontrar-se com O Mago é para quem merece verdadeiramente. Para quem já tem a inteligente paciência do ouvir, e a paciente inteligência de entender.

Elfos ruivos de outros condados e os hobbits, como Ib, podem encontrá-lo facilmente, graças às suas auras poderosas, e com ele ter horas e horas de conversas.

Mas para mim, aquele momento foi precioso. Eu cometi a ousadia de desenhar um de seus seres-filhos. Esse ato poderia ter sido um chamado, um pedido. Ouvi atrás de mim uma voz profunda, e quando mirei, me deparei com os dois seres da floresta encantada: o hobbit Ib e o Maiar O Mago. Eu não sabia se gelava ou ardia em chamas.

Fui apresentada aO Mago, por Ib. Sua sapiência permitia ver nos meus olhos minha alma, e parecia me conhecer tão bem, tão bem que nem mesmo eu poderia me conhecer tão bem.

Me senti um hobbit também. Fomos convidados a adentrar em seus aposentos - depois do almoço, claro. Porém, acabei cometendo algo que nunca se deve fazer quando se está em Valinor: distrair-se, bobear-se.

( Ib também acabou distraído, traído e atraído)

Os seres-filhos dO Mago (incluindo aqueles Cisnes do Porto dos Cisnes, que dizem que foram também feitos de barro, e saíram grasnando do forno, cobertos de fuligem e para sempre assim ficaram negros) me hipnotizaram e me impediram de voltar àquela pequenina porta, por onde saía O Mago.

E andava por um labirinto sem paredes.

Sua imagem não me sai da cabeça, não sai dos vídeos digitais e das fotos analógicas em estranhos potes de hobbit, que faço analogia reversa com caixa de Pandora (reversa pois nesses potes estão guardados todas as beneficies do mundo).

( A toda hora sai-se uma benéfice (?!) do pote - e revelado)

Nunca mais o vi me vendo.
Ainda fui uma vez ao Santuário.
E nada.

Do pesar que senti no coração, e de vergonha, não mais fui lá.
Será que o Mago ainda me espera,
ou aquilo foi para me testar?

Tudo que fazemos é para sempre.