domingo, 28 de dezembro de 2008

Elegia visual 3

Triste sábado
Que ainda não acabou
Por que ela não quis
Não aspiraria nada daquilo
Não tinha vontade de dormir
Só apetecia com muito fervor o seu egoísmo de hoje
Encostou engoliu
Tentando desapegar fatos
Como seria magnífico se aquele momento não tivesse existido


JAMAIS FANTASMAS CHATOS

Olhou beijo aquele cabelo de quem a usara
Só, somente ali..
. Sufocante e estranho
Com Vaidades e lamentações sem nexo nem bom senso por dentro.

... Anti unificador de pólos definitivamente opostos
Pensou que tudo iria ficar lá pra trás, depois daquela alma lamentavelmente brava e fraca
Sem gosto
Atmosfera morta
Não quis
Não atendeu
E não foi...
Caiu no esquecimento
Retrocesso


JAMAIS FANTASMAS CHATOS
(...)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ao som do blues

Pára peito
Pára quedas
Pára raio
Pára a bossa, a nova, a velha nova bossa de Vini, Baden e Tom
Pára peito que não pára de cair. Sem freio, só peito. Em si, em mim
Pára raio, luz no vácuo, no vago, bem no ato do vagalume que pára a luz
Parando sempre, sempre parado, passando assim, ao som do blues.

Pra lá de Marrakech

Pra lá de Marrakech
Bagdá
Alá, meu bom Alá
No muro das lamentações, escutai esse pobre viajante
Que vem da Malásia ou de Cervantes
E que de muçulmano só tem a fé
A pé
Pra lá de algum lugar
Sem tempo de parar
Alá, meu bom Alá
Escutai esse pobre viajante
Que dita versos em voz aflante
Procurando um lugar pra ficar

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

igualmente a um bumerangue

Uma canção que te cantaria agora
como seria divino...

trocar sorrisos
sem sombra de dúvidas sem fantasmas
suprarealidade...
suspirou sorriu

e escorreu sua vaidade pelo nariz resfriado.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Como que.

Amo
como de forma leve

Clamo
como de forma breve

Canto

como de forma alegre

Ando

como que dando adeus

De pouso em pouso

Pouso como pousa o vento entre o tempo contra o vento de um tempo em que ninguém pousou
Brilho como brilha a lua, estrela luna de um céu que brilha entre o brilho de um beija-flor
Sonho como que sonhando com o pouso leve de um vento pluma, trilhando linhas em estrelas lunas
De mar em mar, chegando a sina de quem ama e não quer amar.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

...continuação....

07:00
- eu já estou pronta para sair de casa e meu pai ainda de pijama, a minha profecia havia se concretizado -
08:00
meu pai finalmente fica pronto e lá vou eu de carona para a faculdade. no caminho ele faz 2 ou 3 comentários
sobre alguma coisa que passou do outro lado da janela, ou algo que tá tocando na rádio. mas o caminho todo
eu e ele no maior silêncio, as vezes o que corta o silêncio sou eu roncando, mas não é sempre.
depois do meu pai me deixar na faculdade, eu só tenho contato com ele de noite, e olhe lá. as vezes eu durmo
cedo.

09:00
minha mãe me liga a cada 20 minutos, o dia inteiro. pra falar coisas MUITO variadas. ex:
- oi, mama, tá fazendo o que?
- to na faculdade, mae.
- menina, blablablablablablablabla.....blablablablablabla....
- é mesmo, mae?!
- deixa eu te contar, blablablablablablabla....
.....

pronto, normalmente esse diálogo dura uns 15 minutos.
ontem mesmo minha mãe ficou chateadíssima comigo porque eu nao liguei pra ela o dia todo.

- fofa, nem ligou pra mim hoje, né?
(tom de voz irônico)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

24 horas com papai e mamae, pela visão deles e pela minha visão




- momentos antes de pegar uma carona com meu pai para a faculdade -

06:00:
Pai (pensando): vou acordar mariana, ela demora demais no banho e no café da manhã, é melhor eu acordar logo
ela, se não eu vou ficar esperando a manhã toda ela se arrumar pra ir à faculdade.

- neste momento eu ainda estou dormindo -

07:00:
Mariana (pensando): Ai como eu queria que meu pai parasse de me mandar levantar da cama, afinal de contas, eu fico pronta em 10 minutos
e quando eu vou ver se ele ta pronto, ele ainda ta de pijama .
Mãe (aos berros) : QUEM VAI, VAI. QUEM TIVER ENROLANDO FICA EM CASA.

- meus irmãos correndo com o tênis na mão em direção ao carro, para não perder a carona com minha mãe para ir ao colégio -

explicações iniciais: minha mãe trabalha no banco do brasil, ou seja, ela tem um ponto eletrônico, hora marcada para trabalhar. 8hs em ponto ela tem que tá
sentada no birô dela para dar entrada no sistema do banco. Meu pai não tem muito horário marcado não, ele dá aula de economia na federal pela noite, e de dia
trabalha como empresário. Eu acho injusto falar dos meus pais e não citar as 3 criaturas que mais são grudadas neles: meus irmãos.

Ricardo, 13 anos, louco por futebol, é gênio em matemática e geometria, e péssimo em português.
Lucas, 8 anos, louco pelos Beatles (quando eu digo "louco" é "LOUCO" mesmo), adora qualquer coisa que tenha relação com arte e ciências, odeia fazer tarefa.
Duda, 6 anos, louca por fotebol, filme de terror e cachorro, é ciumenta demais.


pronto, eles estão devidamente apresentados.
Vou apresentar meus pais agora, e percebi uma coisa, as 3 crianças são uma mistura muito engraçada dos meus pais.


veja só:

Ricardo, 46 anos, LOUUUUUUCO pelos beatles, é gênio em matemática e geometria, adora qualquer coisa que tenha relação com arte.
Celeste, 45 anos, é louca pelos beatles é ciumenta com qualquer coisa.



pronto, esse é o básico sobre minha família.
amanhã eu retorno falando mais sobre painho e mainha.

24 horas de papai e mamae

Capitulo cinco

Normal de perto.

Espirram junto do armário, os dois na mesma hora.
Descendo a escada

andam sem dar as mãos
Não se sentem bem tão juntos ao andar,
Na cabeça dela é como se ela nunca estivesse só.
Sabia que sempre estaria perto, a certos momentos que pensamos infinito...

isso não faz mal.
Encantadas criaturas na face da terra

feitas de milhões de partezinhas que encontram
por esse breve espaço largo de vida
levam procurando por coisas assim.
Ficam andando por que as coisas andam em si
Estado de esta sempre.
Um poema...

24 horas de papai e mamae

Capítulo quatro

Um olha o outro,

fecham a porta do ultimo quarto corredor
E dorme frente as consciências distantes que agora se separam

flutuam oniricamente individual...

Balançando os pés e pernas se ajeitam num abraço de sono profundo.
Dormem

Os raios de sol invadem a janela

ocupando todo o espaço retangular
o olho começa a reconhecer toda a luz que agora passeia dentro das suas pálpebras que abrem involuntariamente.
LUZ

24 horas de papai e mamae

Capitulo três

Ela entendeu o sentido daquele encontro

Encontro que para ela começava na sala de está.
Uma marca na pele branca, conectando ao eterno,
Em duo
Conversam sobre o calendário gregoriano...
Silêncio como de costume, ele com o jornal, ela com o delicado desequilíbrio da matemática.
A mãe chama a primeira filha, descansa com o som e a luz que sai da televisão. Ele também se deita ao lado dela
Sozinhos
Eles e seus valores afetivos

personificados a dois seres que estão em cômodos à frente.
Dois quartos, duas novas vidas.
Eles pensam deitados

enquanto os dois filhos descobrem outros pensamentos antes escondidos nas entrelinhas das coisas.
Um mundo lembrado

que agora se tornam verdadeiro e orgânico
nas suas curvas mentais.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

24 horas de papai e mamae

Capitulo dois

Ele já tinha penetrado suas retinas em suas mãos que envolvia todo o conjunto dela.

Em nobre melancolia e inerte, esperava que um sorriso voasse pra chegar e sentir aquele mesmo prazer.
Ele levantou

e “no meio do caminho tinha uma pedra”
chutou ...
A pedra rolou voou e bateu na arvore e no ombro dela
ela olhou com olhos de força, levantou com movimento ligeiro
como se não houvesse um céu nem terra
que a puxasse contra a vontade do chão.
Ao ver a menina

ele imaginava todas as possibilidades do que ia acontecer.
Correu.
Tudo passando
Rua correndo..............
Olhou o céu, caiu um pé d’água.
Ela atrás dele com a mesma velocidade que seus olhos o captavam sua presença.
Cada parte da cidade.
Perto do fim do atalho, ele apoiou o pé despencou caiu.
Ela continuava a correr atrás dele.
Corria mais rápido
Caído no chão a chuva.
Ele fechou os olhos esperando que algo acontecesse

Uma menina tropeçou e abraçou sua perna .. que chutou aquela pedra que bateu no ombro dela..
fazendo revitalizar todos os seus sentidos de força de vida.

24 horas de papai e mamae

Capitulo um

Na mesma voz de quem soluçava de euforia falou: “ tudo que vier a passar passará novamente um dia...”

olhou marcando um ponto.
Olhou de novo, e fixou todos os seus pensamentos temporários que escorria pelo seu cabelo bagunçado.
Mistura de emoções.


Sentada na grama e ainda dentro dos seus pensamentos

ela abria a boca engolindo o vento gélido que A envolvia no mesmo espaço de prazer.
Esqueceu.
Terrível sensação inesperada..
na ausência completa de ruídos, olhou pro seu lado esquerdo, apoiada com a palma da mão na areia seca da grama verde...
Viu Sorriu.
Reconheceu uma alma simetricamente oposta que se encaixava perfeitamente no seu cerebelo covardemente vital.
Esse momento lhe fez entender o precioso sentido de suas fantasias mais distantes

24 Horas de Papai e Mamãe ( Capítulo 5 )

...Ainda estou aqui
Fora de si
Longe de ti
Perto do fim
Eles esperando por mim...
Tento me apressar
Para logo em casa chegar
Com afago abraçar
Pai
Receber gratuitas carícias
Mãe
Jogar videogame
Pai
Ouvir música
Mãe
Contar piadas
Pai
Degustar uma sopa
Mãe
Fazer a barba
Pai
Tomar banho
Eu
Entro no banheiro
Me olho no espelho
Com um sujo me assemelho
Vou direto pro chuveiro...
...Burburinhos...
...São os primeiros pingos d'água...
De repente...
A água cai tão rapidamente
Vejo tudo embaçadamente
A imagem já não se faz presente
...Burburinhos...
--Filho, acorda, seu demente!
Ela adora vermelho.

Tem os cabelos vermelhos mais luminosos que já ví.
Cachos suavemente desenhados.
Idéias vermelhas correm soltas pela casa.
Unhas vermelhas; mãos e pés.

PÉS?

-Ai mãe, é feio...
-Tú num sabe de nada menino.

Vermelhas palavras rudes, gritos.
Vermelho afago, carinho ventral.
Vermelho amor.
VermelhaMãe.

Sonho interrompido - pai&mãe

Acorda
sacode
respira fundo
senta na cama
esfrega o nariz
apoia as mãos
levanta
ombro direito na porta
joelho esquerdo no sofá
cabaleante
livra uma gaiola
esquiva da bicicleta
coça o saco
abre a porta
a bermuda
e
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
coça a nuca
lava as mãos
rápido
bem rápido
fecha a porta
geladeira
água
manga
sono.

Perseguição - pai&mãe

Mãe

Mãããe

Ô mããe

Mããããe


Terminei, vem me limpar.

pai e mãe 24h

capítulo 3 prte 4( o retorno)- o presente
Hoje ela saiu logo cado pra trabalhar, está griada desde domingo coitada, o nariz dela parece cachoeira.Ela me disse hoja pela manhã que não vê a hora de entrar de férias, faltam apenas duas semanas. Estamos começando a nos preparar para o natal, são tantos enfeites e tão coloridos. Por nesse ano agente inovava e fazia uma decoração preto e branca. Seria legal, iria dar um ar mais "RETRô" para o papai noel.
Acho que ela não vem almoçar em casa hoje, deve ficar no trabalho terminando de corrigir testes. Aqui ela nunca consgue fazer isso, porque sempre tem algo para organizar, ou algum bom papo pra botar em dia. É acho que ela não vem almoçar hoje.

pai e mãe 24h

Capítulo 3, parte 3- o presente
Hoje ele está tão alegre que está até me deixando assustada. Ainda falta muito tempo para a tarde chegar, mas eu já contei uns 5 sorrisos dele. É,, se continuar assim, concerteza até a noite teremos um novo recorde de alegria, faz tempo que ele não bate um desses. Pra mim isso é espantoso, não consigo deixar de ficar desconfiada.
-Nossa, agora já são seis sorrisos

pai e mãe 24h

capítulo 3 parte 2, o presente
Hoje ela está agitada, precisapreparar muitas provas e não tem tempo suficiente. Para cada turma em que ela ensina um assunto diferente, de análise morfossintáticas a verbo to be. - Ai! não sei como ela aguenta

pai e mãe 24h

Capítulo 2,5 parte...Não me lembro mais.O passsado
A menina vivia a esperar pelas suas férias, aliás, dela não, mas dos seus primos. Ela não ia pra escola, sau madrasta achava que era perde de tempo. Os meses em que seus primos estavam de férias ela passava na casa de sua avó paterna. Lá era tudo diferente, porque ela possuis a companhia de seus primos e de sua irmã., que morava na casa de uma tia. Elas só se encontravam nesssas ocasiões. Ela também tinha mais dois irmãos, no entanto nunca os encontrava, porque eles foram levados por um de seus tios para morar em outro país. Ela não sabia ao certo qual.

pai e mãe 24h

Capítulo 2 parte 2, o presente
Hoje é o aniversário da minha mãe, ela acordou com um sorriso especial. Ontem à noite eu coloquei o presente que comprei pra ela em cima da cama. Foi muito dificil encontrar algo que combinasse com ela, mas acho que consegui. Bmo, pelo menos foi isso que ela disse.Aqui em casa há uma tradição que existe desde que eu e meu irmão éramos pequenos; nós nunca comemoramos aniversário sem bolo. Por conta disso fomos buscar a torta dela logo cedo. Cantamos parabéns, apagamos velinhas. Apenas a nossa "grande" família feliz; Eu, meu Irmão e Ela. Eu sei, não somos muito grandes em quantidade, mas sim em qualidade(Sei que essa frase é batida, mas é a que melhor nos define no momento

Caminhos

Deslizando os dedos pela minha nuca...
Sinta o arrepio da minha pele...

Encosta os lábios ao meu pescoço e deixa eu sentir teu respirar...
Me morde a orelha e sussurre ao ouvido tudo o que me vais fazer...
Me agarra pela cintura com as tuas mãos e deixa eu sentar no teu colo...
Desce a tua boca pelo meu peito e arranca minha blusa...
Me puxa contra teu corpo e prende, pois quero sentir esse volume que te cresce...
Me explora por baixo da saia e sente aquele lago que transborda...
Entra em mim com os dedos, os braços e o teu olhar de desejo...
Me leva no colo até aquela mesa e me deite sobre ela...
Me agarra pelos cabelos e me invada duma vez...
Que eu grito, implorando por mais!!

Desencontos #5

Depois daquela fugidinha da enfermeira, o homem notou que a tal moça era moça de família, e de tal forma, resolveu então entrar em contato com a família dela... Isso era lógico, ele estava apaixonado!

Sorrateiramente pegou informações de onde morava a moça e seguiu para lá. Na casa, encontrou a irmã mais velha da garota.

Conversaram, conversaram e conversaram...

A irmã da moça percebeu que o homem era de boa índole, e trabalhador.

Tempos depois, os dois , a ex- enfermeira e o homem, que era comerciante, já estavam na estrada, rodando o nordeste inteiro por via do comércio...

Moraram em vários lugares, até voltarem a Pernambuco e se instalarem em Recife.

Onde depois de tanto tempo, nasceu do fruto desse amor uma menininha, chamada Pollyanna Ferreira Queiroz de Oliveira...

Desencontos #4

A enfermeirinha simplesmente não foi ao encontro.

Os textos de Paula Marília

Os textos de Paula Marília estão em:

http://otelescopio.wordpress.com/

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quando meus pais se conhecerão.

Meu pai Ziul e minha mãe Aliel se conheceram no Rio de Janeiro. Mais especificamente minha mãe “morava” no morro do Juramento e meu pai no asfalto - como se diz por lá - Aliel era muito besta e inocente, na época namorava o famoso traficante Escadinha que era o dono do morro.
Aliel era rica, mas gostava de andar com as pessoas mais humildes, dizia ela que se sentia melhor. Ela morava em São Cristóvão, mas vivia no morro do Juramente. Minha avó Azerete era enfermeira e ficava muito preocupada com a sua filha, afinal o morro não era lugar para uma moça de familia freqüentar.
Meu pai morava na Vila da Penha, sua família era muito honesta e trabalhadora... Bem alguns. Meu avô Leonel e minha avó Arica tiveram cinco filhos dos quais meu pai era o caçula. Minhas tias são ótimas, só uma delas Tia Sinoa que é muito trambiqueira ela namorava um assaltante de carro, que tinha o hábito de esconder os carros roubados na casa da minha vó. Até que um dia a policia bateu lá e levou tudo inclusive o namorado da minha tia. Enfim, a história é sobre meus pais.
A primeira vez que eles se encontraram foi perto do morro numa vila em Vaz lobo, onde só se comentava sobre a festa de dezessete anos da minha mãe. Ziul não conhecia Aliel, mas a achava muito bonita. Ele estava encostado em um fusca azul conversando com os amigos enfrente de Aliel, que também achava Ziul muito bonito. Ela passou por ele rebolando e sem querer deixou seu copo de cerveja cair no chão. Foi a deixa que Ziul precisava, pegou o copo caído no chão aproveitando para tocar em Aliel... Os olhos se encontram tão perto pela primeira vez. O curto instante de abaixar e levantar parecia durar uma eternidade. Mas tudo passa e esse momento intenso de olhares que se cruzam e sem nem um som ou simplesmente palavras os olhares fazem centenas de declarações. E como não pode faltar em um romance e principalmente o fundamental para eu nascer... Eles se beijão. Um beijo molhado e mesmo não se conhecendo parecem matar uma saudade antiga. Quando terminou se olharam novamente e riram, passando a noite inteira juntos. Daí para frente já se deduz que namoraram e casaram. A segunda parte que é o problema, casamento. Não é só o casamento não, porque normalmente junto com ele vem os filhos. Que são um presente de Deus, mas aja paciência com o presente e o presenteados.
Capitulo Um

Papai

“Qual o seu problema?”, “Você mudou tanto!”, “Você está cada dia mais chata!”, “Acha que sabe tudo é!”. Escuto todo dia. Meu pai é um cara muito bem sucedido. Conseguiu muita coisa com trabalho duro. Vive me dizendo que a vida não é fácil, às vezes acho que vou acabar falando isso para os meus filhos também. Parece que quando você está pronto para ter um filho, faz um curso básico do que dizer, fazer ou se comportar. Alguns faltam a essas aulas, mas outros comparecem a todas sem faltar uma se quer. Acredito que meu pai faltou uma ou duas.
Cuecas dobradas, arrumadas em fileiras milimetricamente emparelhadas, as blusas, organizadas por cor e estilo. Calça em outro lugar, sapatos, engraxados 60 vezes, com o velho cuspisinho no final. Quando vai comer melancia, os caroços têm que estar organizadas no prato por ordem de tamanho, além arrumar todas as panelas, potes, armários, etc. Esse é meu pai exageradamente organizado. Ele não consegue ir a uma loja e ver uma prateleira bagunçada, parece que o corpo dele é feito de homenzinhos minúsculos prontos a arrumar o tempo todo. E se não estão arrumando, estão mexendo em alguma coisa...
Meu pai é iperativo também, ele simplesmente não consegue ficar quieto de maneira alguma. Não é de falar muito, mas se mexe que é uma beleza. Até na hora de dormir, passa um tempão se mexendo devagarzinho até cansar e dormir. Deve ser por isso que ele reclama tanto de dor no corpo. Tem vezes que chega ser hilário. No aniversário passado dele, eu dei um carrinho todo desmontado, nossa! Ele passou a tarde inteira tentando montar, e não tirava o sorriso do rosto, foi tão lindo, acho que nesse momento ele voltou a ser criança de verdade. Apesar de que muitas vezes ele parece uma.
Capitulo Dois

Mamãe

Minha mãe é uma mulher linda e totalmente o oposto do meu pai. Enquanto meu pai é hiperativo, minha mãe está mais para a autista, num sentindo muito, muito, muito, leve. Quero dizer, ele vive num mundo dela, com princesas, dragões, trufas de cupuaçu. O tempo voa e ela nem percebe. Nós estamos conversando, aí eu falo, falo, falo e ela só diz: hã? Mas eu entendo, pois o trabalho dela usa muito a mente, então acho que quando ela chega em casa simplesmente desliga. Isso mesmo desliga e vai para o mundinho dela quietinha viver uma aventura, até o despertador apitar às 6 da manhã, dizendo que está na hora de voltar.
Imagine um bicho branquinho, felpudo, com o olhinho grande azul, bem gordinho e cheiroso, não é lindo?! Mas quando você puxa um pelinho dele, de propósito mesmo, esse animalzinho vira fica preto e gosmento, chio de dentes babando e uma música de terror no fundo... Apresento a você minha amada mãe. Pois é, tira a paciência dela. A moça boazinha que me dar amor e atenção vai embora. Meu pai late, late, late, mas não morde, já mamãe, ela já vai mordendo e arrancando a sua perna, de verdade. Mas quando a raiva passa, ela vira aquele bichinho lindo novamente. Eu aprendi a lidar com isso sabe. Quando ela vira o bicho mal, não tem como se esconder parece que ela sente o cheiro. Quando eu era pequena, uma vez arranquei um pelinho, se é que você me entende, eu apanhei de corrente, e ela ria. Depois ela se acalmou e cuidou dos machucados.
Mamãe é uma pessoa maravilhosa, cuida muito bem de mim. Não tenho do que reclamar. Minha mãe é calma meu pai é irritado, mas na hora de resolver, é ela mesma, meu pai é mais mole, ele chora.
Capitulo Três

Vovó

Meu professor é uma pessoa ótima. Ele dá aula de oficina de Dramaturgia e nos mandou escrever cinco minutos por dia. Bom eu pensei... Pensei... Pensei... Pensei... E não sabia o que escrever. Então pensei mais um pouco...
Pensei... Pensei... Foi aí que lembrei de uma pessoa excêntrica que mora comigo desde que nasci. Minha avó! Tem gente que ainda tem a sua, tem gente que não. Mas a minha é diferente de todas as avós que você conhece no mundo!
Lembra das velhinhas que fazem biscoitos, costuram, e amam os seus netinhos. Bem, nunca aceite um biscoito da minha avó, pode estar envenenado. Eu posso até estar exagerando um pouco... Mas é algo de outro mundo.
Minha avó se chama Azeret, ela teve uma vida muito difícil. Nasceu em 1925, quando tinha uns 14 anos minha bisa avó (Abgaiu) pediu para ela fazer um café, minha vó disse que não ia tomar, mas faria. Quando ela disse isso Abgaiu jogou um pedaço gigante de sabão em barra na cara de sua filha. Nossa Azeret ficou com o olho inchado uma semana. Essa foi umas das histórias. Sabe o Titanic, que o capitão falou: “Nem Deus pode afundá-lo!”, eu não acredito muito, mas minha vó teima em dizer que odiou o que esse homem disse e mandou os capangas dela furar o navio. É, minha avó teve capangas sim. Quando era mais jovem liderou um grupo de extermínio, ela já matou dói maridos. O primeiro foi Otavio, que namorou ela pouco tempo e a trancou dentro de casa, além de bater muito em Azeret. Uma semana depois do acontecido, Otavio apareceu cheio de formiga na boca, em Jacarepaguá. O segundo foi meu avô Hilo, era muito namorador, teve uma amante muitos anos, minha vó sabia, mais quis poupá-lo, acho que ela o amava muito e não conseguia fazer nada de mal, até que meu vô deu bobeira, e cantou a musicada figueira, vovó odeia que cante perto dela, até hoje eu não entendo o porque. Hilo morreu com 12 facadas na barriga. Você deve estar se perguntado, como ela nunca foi presa. Dois simples motivos. Um, minha vu era enfermeira, ela dava entrada dos corpos no hospital como se ela tivesse encontrado eles na rua, (não fique se perguntando, mas não sei o que, contente-se, pela minha segurança eu só poso falar até aqui.), a segunda coisa: A miserável de Azeret tem uma cara de santa, ele parece o gatinho do sherk, até você viraras costas e sentir uma facada.
Hoje, minha vozinha está bastante debilitada, não tem mais a astúcia da juventude. Só restou do seu passado, a língua. A dela é tão poderosa, tão, que se ela morder a própria, morre envenenada. Nunca vi, nem nas piores vilãs de novela, mulher para falar tão mal dos outros igual a ela. Minha vó tem 90 anos, mal consegue andar direito, o médio diz que a saúde dela é tão boa que ela vai viver mais que essa geração. Foi comprovado o ditado: “Vaso ruim não quebra!”. Mas mesmo com tanta maldade, eu vou sentir falada rabugentice, chatice, periculosidade, e carinho e amorque ela tem por mim.

familia

Capitulo quatro

Os três.


Meu pai nunca teve muito dinheiro, já minha mãe, sempre viveu muito bem. Quando eles se casaram, depois de uns dois anos eu nasci, foi aí que se juntaram os três personagens dessa história. Minha mãe, meu pai e vovó a terrível. No inicio até que estava bom, minha mãe cuidava de mim, meu pai trabalhava e vó cuidava da casa. Mas chegou o dia, que acaba chegando para toda família... Minha vó se meteu na minha educação, e comentou como meus pais não estavam me criando bem. Foi o que precisava, para minha mão se transformar, meu pai começar a falar e vovó chamar os capangas. A briga dura até hoje, mas Graças a Deus muito mais amena.
Às vezes eu acho a minha família muito parecida com os Simpson. Minha mãe, calma, sensata, quer levar todo mundo para a igreja. Meu pai grudado na tv, um homer bem mais evoluído, eu diria. Eu andando de skate e vendendo algumas coisas por aí. Minha irmã do meio, primeiro lugar no ranking lugar no colégio onde estuda, minha irmã pequena e vovó no abrigo. Só faltou a abertura.
Hoje os três moram juntos, as brigas estão mais amenas, mas a rixa continua. Vovó não está mais tão perigosa, fisicamente, mas sua mente e língua, continuam afiadíssimas.

familia

Capitulo quatro

Os três.


Meu pai nunca teve muito dinheiro, já minha mãe, sempre viveu muito bem. Quando eles se casaram, depois de uns dois anos eu nasci, foi aí que se juntaram os três personagens dessa história. Minha mãe, meu pai e vovó a terrível. No inicio até que estava bom, minha mãe cuidava de mim, meu pai trabalhava e vó cuidava da casa. Mas chegou o dia, que acaba chegando para toda família... Minha vó se meteu na minha educação, e comentou como meus pais não estavam me criando bem. Foi o que precisava, para minha mão se transformar, meu pai começar a falar e vovó chamar os capangas. A briga dura até hoje, mas Graças a Deus muito mais amena.
Às vezes eu acho a minha família muito parecida com os Simpson. Minha mãe, calma, sensata, quer levar todo mundo para a igreja. Meu pai grudado na tv, um homer bem mais evoluído, eu diria. Eu andando de skate e vendendo algumas coisas por aí. Minha irmã do meio, primeiro lugar no ranking lugar no colégio onde estuda, minha irmã pequena e vovó no abrigo. Só faltou a abertura.
Hoje os três moram juntos, as brigas estão mais amenas, mas a rixa continua. Vovó não está mais tão perigosa, fisicamente, mas sua mente e língua, continuam afiadíssimas.

familia

Capitulo quatro

Os três.


Meu pai nunca teve muito dinheiro, já minha mãe, sempre viveu muito bem. Quando eles se casaram, depois de uns dois anos eu nasci, foi aí que se juntaram os três personagens dessa história. Minha mãe, meu pai e vovó a terrível. No inicio até que estava bom, minha mãe cuidava de mim, meu pai trabalhava e vó cuidava da casa. Mas chegou o dia, que acaba chegando para toda família... Minha vó se meteu na minha educação, e comentou como meus pais não estavam me criando bem. Foi o que precisava, para minha mão se transformar, meu pai começar a falar e vovó chamar os capangas. A briga dura até hoje, mas Graças a Deus muito mais amena.
Às vezes eu acho a minha família muito parecida com os Simpson. Minha mãe, calma, sensata, quer levar todo mundo para a igreja. Meu pai grudado na tv, um homer bem mais evoluído, eu diria. Eu andando de skate e vendendo algumas coisas por aí. Minha irmã do meio, primeiro lugar no ranking lugar no colégio onde estuda, minha irmã pequena e vovó no abrigo. Só faltou a abertura.
Hoje os três moram juntos, as brigas estão mais amenas, mas a rixa continua. Vovó não está mais tão perigosa, fisicamente, mas sua mente e língua, continuam afiadíssimas.

familia

Capitulo quatro

Os três.


Meu pai nunca teve muito dinheiro, já minha mãe, sempre viveu muito bem. Quando eles se casaram, depois de uns dois anos eu nasci, foi aí que se juntaram os três personagens dessa história. Minha mãe, meu pai e vovó a terrível. No inicio até que estava bom, minha mãe cuidava de mim, meu pai trabalhava e vó cuidava da casa. Mas chegou o dia, que acaba chegando para toda família... Minha vó se meteu na minha educação, e comentou como meus pais não estavam me criando bem. Foi o que precisava, para minha mão se transformar, meu pai começar a falar e vovó chamar os capangas. A briga dura até hoje, mas Graças a Deus muito mais amena.
Às vezes eu acho a minha família muito parecida com os Simpson. Minha mãe, calma, sensata, quer levar todo mundo para a igreja. Meu pai grudado na tv, um homer bem mais evoluído, eu diria. Eu andando de skate e vendendo algumas coisas por aí. Minha irmã do meio, primeiro lugar no ranking lugar no colégio onde estuda, minha irmã pequena e vovó no abrigo. Só faltou a abertura.
Hoje os três moram juntos, as brigas estão mais amenas, mas a rixa continua. Vovó não está mais tão perigosa, fisicamente, mas sua mente e língua, continuam afiadíssimas.

Mamãe x papai - parte 5 (o depois)

Hoje são amigos, fiéis, aquelas pessoas pra todas as horas. É perceptível o carinho que sentem um pelo outro, mesmo eles não falando nada. "Sua mãe foi, sem dúvida, o grande amor da minha vida.". "Estou pra ver uma pessoa melhor que o seu pai."
Mudanças de vida, de rumo, de pensamentos, passado, presente, futuro, sempre.

( E eu aqui, pra contar história.)

Poema para papai x mamãe

"Amor, então, também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega de transformar
em raiva ou em rima. "


Paulo Leminski

Mamãe x papai - parte 4 (o começo)

Ele tinha 30 anos, ela, 20. Ele tinha um bom emprego, apesar de não ser realizado com o que fazia. Ela era recém-formada, dava aulas de frevo e dançava no balé popular do Recife. Se conheceram no dia 05 de novembro de 1984, quando foram apresentados em frente ao Teatro do Parque, ela vendendo artigos bolivianos e ele comprando. Desde então, começaram a se encontrar.
Um mês depois, os dois viajaram, ele para São Paulo, ela para Campo Grande. Loucamente apaixonado, ele pegou o seu carro e foi atrás dela. E foi aí que tudo se consolidou. Tiveram sua primeira noite de amor em um hotelzinho de beira de estrada, voltaram juntos para casa e, 4 meses depois, se casaram, ela já grávida.
Passaram 13 anos juntos.

Estorinha que Orphélia contou pra Kroleke dormir.

" Ontem eu matei três pessoas;
cuspi nelas e elas morreram afogadas..."

domingo, 23 de novembro de 2008

Água & Vinho

Ela é distraída,
ele teimoso.
Ela é amável,
ele carinhoso.
Ela é amiga,
ele nervoso.
Ela é tranquila,
ele é habilidoso.
Ela é o amor,
ele a paixão.
São como água e vinho: diferentes,
mas se misturam com perfeição!

A cozinha maravilhosa da Linda

É domingo, dia de cozinha!
Lá vai ela criar mais uma de suas delícias.
Mistura 3 xícaras bem cheias de amor com
3 colheres de carinho e reserva no lado esquerdo do peito.
Em outro recipiente ela mistura 2 copos de generosidade
com 1 xícara de respeito e bastante humor(esse ingrediente é a gosto).
Em uma travessa ela junta todos os ingredeintes
e leva pro forno alto por 47 minutos.
Deixa esfriar e Bom Apetite!
Todos comem...essa é a receita da felicidade!! =D

Meu menino

"Poooooorra Gabriela!!"
é isso que meu menino de 48 fala...
Que menino levado!
adora fazer bobagem pela casa...
quando se mete na cozinha então...AFF!
"Puta que Pariu Gabriela!!!"
é o que eu ouço se invento de contrariar o meu menino...
engenhoso, adora desmontar coisas e brincar com seu carrinho.
Mas mesmo fazendo tudo isso ele não cansa de dizer:
"Tenho 48! não sou mais nenhum MENINO!"

Mãe

Vive no mundo da lua,
parece que tem seu infinito particular(sou igualzinha!)
Vaidosa, parece que nunca envelhece...tem o tempo a seu favor.
Não tem medo do espelho, porque ali vê que é apenas uma menina...
pequenininha aquela menina.
Mas não se engane com ela, pois seu tamanho nada condiz com o seu coração
que é do tamanho do mundo!
Uma verdadeira guerreira de força escomunal,
que luta quando preciso.
Essa é a mulher da minha vida inteira!

Pai

Sentimental ao extremo,
amo e odeio ao mesmo tempo.
"Faz isso, faz aquilo!"
e ele que é bom, nada faz...
Um verdadeiro faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
Meu herói da infância que hoje não é mais herói de ninguem...
é apenas o homem mais importante da minha vida, ele é meu PAI.

sábado, 22 de novembro de 2008

24 Horas de Papai e Mamãe ( Capítulo 4 )

...Falo em desistir
--Eu com sua idade
--Trabalhava
--Estudava
--Namorava
--Me virava, diz ela
--Levanta o traseiro desse sofá, diz ele
Levanto
A preguiça me domina
É minha sina
Sem exitar
Vou me banhar...
...Nesse momento parece que eles não existem
Não os ouço
Escuto o barulho da água
Abundante
Espumante
Estimulante
...
Saio
Eles saíram
Deixaram um bilhete
Um lembrete:
--Não se atrase, amor, escreveram
Na verdade
Ela escreveu
Não importa
Estão juntos
Bem
Vou trabalhar
Nesse espaço de tempo
Tenho pensamentos:
"I think i'm paranoic and complicated"
Passo a manhã à trabalhar
...
Uma hora da tarde
Estou disposto por um milagre
Chega de alarmes
Mas
Toca o telefone
É!
A mama
Pergunta se vou chegar
Pra jantar
Penso
Repenso
Fico tenso...
...Dispenso
Desligo o telefone
Ele toca novamente
É!
A mama
--Te amamos, diz ela
Por ela
Por ele
Por mim
Volto
Enfim...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mamãe x papai - parte 3 (pai)

Acho que o meu pai é daqueles, que todo mundo queria ter. É preocupado e amigo, carinhoso ao extremo, sabe conversar e dar liberdade sem parecer liberal demais; ama a natureza, tem a cabeça aberta, canta e toca violão, só ouve música boa, age pela emoção e fala o que pensa. Claro, também tem seus vários defeitos. Mas, no momento, estou o amando muito para citá-los.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

breve relato da rotina matinal, mamãe e papai.

eles se odeiam só porque se amam.
ele acorda antes dela e fica andando pela casa e cantando uma marchinha de sua própria autoria:
"AS FREIRAS SÃO IMUNDAS
AS FREIRAS SÃO IMUNDAAAS
IRMÃAS XOXA-BUNDA BENDIZEI AO SENHOR
AAAS FREEEIRAS SÃO IMUUUUNDAAAAS"
(esse é o refrão, esqueci o resto desta composição elaboradíssima)
eu grito do meu quarto:
-PAINHO, CANTA CALADO PELAMORDEDEUSSS!!!
e ele?
canta mais alto ainda.
mainha tá acordada desde que ele acordou, mas finge que dorme pra fingir que não tá se irritando com a cantoria.
antes dela se levantar e ir tomar café (junto dele), passa no meu quarto e diz:
- tu tá vendo teu pai né?
- não mainha, tô só ouvindo. me deixa dormirrrrrrrrrrrrrrrrrrr
mas decido levantar pra ver minha peça teatral favorita.
na mesa, a cena já tá armada, ele cantando sem parar e ela com a cara vermelha, as veias pulsando, o grito na ponta da língua.
dou o pontapé inicial: -BOM DIA!
mãe: -bom dia? como é que a pessoa pode ter um bom dia começando desse jeito? seu pai faz tudo pra me irritar, não respeita minha história e... blábláblás ad infinitum.
30 MINUTOS DEPOIS tão os dois rindo, fofocando, comendo no mesmo prato e frescurinhas diversas.
me irrito com os dois.
com ele, porque é muita chatice pr'uma pessoa só, convenhamos.
com ela, porque é besta demais. né?
mas me apaixono desesperadamente a cada dia mais pelos dois.
por ele, porque é a cantoria mais linda que já vi, engraçada quando tô de bem com a vida (de vento em pôpa, feliz pra burro, 'assim com o mundo'), gosto dessa criança no corpo de um adulto modo 'pai'.
por ela, porque é tão angelicalmente ingênua que dela até hoje só extraí o amor mais puro já sentido...
ele, uma criança presepeira.
ela, uma criança birrenta.
eu, a adulta do lar.

24 Horas de Papai e Mamãe ( Capítulo 3 )

...Hoje:
--Fizemos exercícios para as pernas, diz ela
--Tua mãe é fogo, diz ele
Ela segue em direção ao banheiro
Talvez pra "baixar o fogo"
Ele vai rumo à geladeira
Beber água
Gelada
Glacial
É!
Nosso freezer faz gelos em vinte minutos
Incrível!
Eles tão vigorosos
São apenas oito e meia da manhã
Eu ainda no divã
Meu talismã
Ossos à estalar
É meu pai à se aproximar
Ele senta sobre meus pés
Quer meu despertar
Ao invés
De relaxar
Sarcástico
Se põe à cantar
Fingindo que espera
A mama
Que igualmente canta
Sob a ducha
Ela conversa com ele
Isso!
Ela no banheiro
Ele já nos meus joelhos
Isso!
Não consigo pensar
Ele à debochar
Ela à incentivar
Bem devagar
Eles vão se encontrar
Mãe beija pai
É a vez dele se banhar
São quase nove
Tenho que trabalhar...

24 horas de Papai e Mamãe ( Capítulo 2 )

...E ela emerge no dia
Querendo companhia
Em voz alta fala a hora
Sem demora
Filho,vais agora?
Me assusto
Ela deseja que eu me posicione
À todo custo
Mãe
Não sou como o pai
Robusto
Aliás
Sou um misto
Ela em cima
Ele em baixo
Eu no centro
Pois sou o rebento desse casamento
Como deuses
Ela controla o tempo:
--Olha a hora!
Ele, o vento:
Desliga o ar
Pra eu levantar
Me aprumar
Contrário ao mar
Já!
...Burburinhos...
...Le Petit...
...Posso ouvir...
São as lambadas francesas à tocar
Meu dia à começar...

24 Horas de Papai e Mamãe ( Capítulo 1)

Meio que surpreso
Vejo coisas figurativas
Símbolos
E que gradualmente vão se familiarizando com meu habitat
Meu corpo horizontalmente está
Sem forças
Apático
Indiferente
Não aguento...
...Um súbito movimento de noventa graus
Muda a situação
Abrem-se as cortinas
Solidifica-se o palco
Piso no ato
Um ato ainda sem palavras
Sem palavras
Outras palavras
Blá blá blás ausentes
E porque existiriam?
Me vi sozinho
Vi que não entendia nada
Ninharia de pensamentos...
...De repente...
...Burburinhos...
...Parecem o som das estrelas explodindo
Ou do mar se chocando contra os arrecifes
Bem longe
Longe
Onde...?
Num leve sobressalto
Creio que existo
Inicio meus ritos
Entro no ritmo
De sempre
Sem pressa
Mas
Respiro à beça
Eis a peça
Espero...
...Alguém surgiu...
...É ela!
Que me ouviu
Que me viu
E me pediu
Um bom dia
É sua mania
Mania matinal de mainha...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

a mais cara.


das máscaras que utilizo,

a mostrada ao espelho

é que gosto mais.

ela é crua

ela é nua

ela é Eu.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Papai não sabe cozinhar.


Papai não sabe cozinhar. Fato! Só falto morrer de fome quando estou em sua casa. Pão, ovo, salsicha, só. Café da amanhã, almoço e jantar. E olhe lá. Faz um capuccino delicioso. O problema é que ele quer eu tome isso até comedo feijão. Sem noção. Pais, tsc tsc tsc .. Se ele me pega escrevendo isso .. adeus pão, nem mais ovo, adeus nunca mais salsicha, nem lingüiça. Papai deve contratar alguém. Alguma Maria da Silva que saiba lavar, passar e manter os outros vivos e de barriga cheia. Enquanto ele não morrer de fome está tudo muito bem, obrigado. Esperto ele. Coitada de mim. Me conforta saber que os dias de pão, ovo e salsicha não são todos os dias. Na casa de papai é possível sentir saudade de comer fígado e feijão. Coitado do papai, ele não faz isso por totalitarismo. Faz porque não recebeu o dom das mãos boas de cozinha e nem tem o jeito Ana Maria Braga de ser. Como já me conformei com a situação do Iraque, tratei logo de me conformar com a alimentação paterna, que não alimenta, mas é de todo o coração e com todo amor. Assim espero.

Rotina materna

Ela chegou animada, balançando as sacolas. Os cachorros gostaram.
Cozinha, comida. "Mãe, vai tomar banho". Ela não escuta, eu não falo.
A novela começou. Silêncio.

Pai

Ele levanta achando que é apenas mais um dia como todos os outros. E é.
Se prepara, coloca uma boa roupa, as botas não podem faltar. Animado, ele anima. Animando. Animal.
Pega o melhor cavalo, se retira, só ele entende o ritual.
Segunda é um dia revigorante. Levanta, coloca a melhor roupa, as botas já podem ser dispensadas. Põe o crachá. Clichê. O cavalo agora buzina, fica horas parado no trânsito, chega em casa e é desligado. Só ele entende essa rotina ritual.
Feliz aniversário, pai.

Família unida, família feliz


Mamãe e papai se amam
Papai e mamãe se odeiam
Mamãe e papai se amavam
Papai e mamãe no fundo se odeiam
Ah, mamãe!
Ah, papai!
AMOR
ÓDIO
FAMÍLIA

Mãe

Ela não faz tudo sempre igual, nem sacode ás 6h da manhã.
Minha mãe definitivamente não é musical. Arrisco talvez um poema concreto, concreta como ela. Sem formas fixas, junções maleáveis. Sendo sempre a mesma, com variações.
Concreta é ela, o poema, a casa, o trabalho, é o cansaço, o beijo de boa noite, o espirro de constipação. E o amor que ela me tem me toma a alma, o peito, o poema, que é concreto e é dela, para ela. Depois dela é só vaguidão.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mamãe x papai - parte 2 (mãe)

O nome da minha mãe devia ser: interpretação. Ela é um verdadeiro teatro. Fala com uma criança de 3 anos como se fosse um adulto, imita seu professor pra fazer graça aos seus pais, senta no chão pra comer, faz músicas pro cachorro e acha que ele está deprimido quando ele dorme. Quando chega em casa, vai estudar inglês. E aja concentração! This - isso, that - aquilo... é uma graça!
Agora é hora de encontrar o namorado. Lá vai ela se arrumar! "Vou com esse vestido... se bem que ele prefere calça jeans... hum..." E sai de saia e all star. É domingo, ela faz um programinha ligth, vai comer, geralmente, diferente de sexta e sábado, que vai pro recife antigo ou vai dançar em algum lugar animado. É uma adolescente, essa mulher!
Quando chega segunda-feira, ela volta aos seus 44 anos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

;-;

O corredor deserto
Salas trancadas
O diálogo entre janelas batendo, portas e o assovio das árvores
Oração das cigarras

Somente eu
Somente ele
Perdidos nesse entranhamento de escadas, portas e corredores
Escurecimento
Ocultação
Assédio

Apenas
Faça
Nada...

Indo para...

Graças aos céus
E aos dragões de Heppaceneoh
Estaremos saindo
De Grillindor

Desencontos #3

Ela àquela hora havia se esquecido dele. Imaginava coicidências.
Enquanto isso aquela vidinha dela acontecia tudo sempre igual.
Exceto pelo novo conhecido dela.

Quatro da tarde, preguiçosamente... O café, biscoitinhos... Descansinho merecido ali.

Ela é chamada na recepção.

-O que seria, então - pensa.

Era ele. O mesmo homem do sinal e do ponto. O que ele queria afinal?

Conversaram, conversaram. Ele contou que notou o uniforme dela, prestou atenção... Policlínica São Sebastião. E que foi fácil encontrar a nossa enfermeirinha.

A moça sorria timidamente. Sabia que para seu próprio bem, tinha perdido nesse jogo, jogo de sedução. E o homem tão sem censuras, convidou-a para jantar... E depois, foi-se, procurando não atrapalhá-la mais em seu serviço...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mais alguma coisa sim, Falcão

Enquanto você não me dá seu violão

Pra eu cantar só pra você

E me levar daqui em meia hora

Deixe eu lhe dizer do meu olhar

Quando seu cheiro vem

Deixe eu dizer da minha respiração

Quando falas...

Mas não me pergunte assim

Que mais eu quero

Que quero muito

Não te deixo em paz

Nunca mais

Enquanto existir, vou querer mais...


Enquanto você não vai buscar o violão

Enquanto você diz que veio só por vir

Deixe eu lhe dizer do meu calor

Quando seu olhar chega

Deixe eu explicar o meu sorriso

Quando me completas...


Surrupiado e modificado do cantinho poético de andresson falcão

Ca(n)sada...

Tudo o que me parecia ótimo e maravilhoso de se fazer
Pareceu-me perder o viço.

Tudo o que eu tinha vontade de fazer e ter
Não me faz mais vício.

Cansou-me
O ciclo
Ainda tenho desenhos a fazer...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Contagem atualizada e rascunhos repetidos excluidos

Marcadores

Este texto é sem marcação

Desencontos #2

Chegou em casa pontualmente às sete. Maravilha!
Sua irmã a esperava, a mesa posta, a família toda. A enfermeira comia em silêncio. Tratou de esquecer o acontecido instantes antes. Esqueceu-se até de contar à irmã.

No dia seguinte, tudo sempre igual. O plantão, os pacientes, a paciência.
Inteligência.

Largou. Tragou mais um cigarro, e ao anoitecer, já seguia pelas mesmas ruas de sempre.
As esquinas de sempre.
O sinal que era verde, amarelava e amadurecia.

Poucos minutos estava no ponto de ônibus.

- Olá! - saudou o homem que ela encontrou no dia anterior - lembras de mim?
A enfermeira respondeu com um sorriso tímido, cabeça baixa. Olho no relógio.

- Estou esperando um amigo, ele é o proprietário disto aqui - disse à moça como se ela houvesse de fato feito uma pergunta, e apontava com o polegar para uma casa antiga, de três pavimentos, onde funcionava um hotel.

- É muito bonita a casa... - disse a jovem, com olhar vago.

O homem a olhava com respeito, porém de alto a baixo. Era um gentleman, com certeza.

- Oh, esqueci... meu nome é ************... - disse o homem, estendendo a mão.
A moça timidamente sorriu, apertou-lhe a mão, porém seu ônibus já chegava.
- Adeus! - disse apressadamente, para depois correr até a porta do ônibus.

E do ponto, ************ apenas olhava o veiculo partir, serenamente.

P.S.: Preciso que me dêem dicas para os nomes da enfermeira e do homem misterioso, oks?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

sem pé nem cabeça

Sem chinelo saiu pra a rua
descalço, solado imundo
Nem ia pisando no mundo
cabeça no mundo da lua

Desencontos #1

Tirou da carteira o último cigarro. Acendeu. Tragou.
A enfermeirinha andava a passos curtos pela calçada. Pequena, mignon, perfeita. Anoitecia. Era necessário chegar na casa da mana mais velha até às sete, senão era sermão e briga.

Esquinas, esquinas, esquinas... Finalmente já se encontrava na via principal. Mas pro sentido subúrbio era necessário atravessar a avenida. Esperou impacientemente no sinal, que demorava a mostrar-se vermelho.

Estava verde...
Amarelou,
Então amadureceu em luz vermelha, intenso.

Um pé na faixa, freou uma Belina azul, em sua frente, ultrapassando um tanto nas marcas do asfalto. O homem lá dentro agia surreal:

- Olá, tudo bom? - como se a moça fosse conhecida dele, ou como se Caruaru fosse mais interiorana do que realmente era.

- Olá... - respondeu a moça, quase muda pelo susto e pelo medo.

A passos forçadamente largos, que quase o tamanho das pernas não facilitava, nossa heroína seguiu até o ponto de ônibus. Queria esquecer aquele homem, que tinha uma cara um tanto árabe, um tanto grega, um tanto italiana, como se fosse um forasteiro.

Pensando ter despistado o homem, a enfermeirinha pediu parada ao ônibus de sempre, e seguiu sua jornada de volta para casa. Mas, a pouquíssimos metros dali, o misterioso homem fitava atentamente, marcando o ônibus que a bela moça tomara.

Viciada

Vou confessar
Que tenho um vício...
Mais sei que dizem
Que tudo isso
É invenção
Alubração
Mas só eu que sei
O que faz doer meu coração
Because I miss you...

Vou te contar
Que não sei o que dizer
Imaginando te agarrar
Fico maluca pra te ver...
Não aguento esperar
É como ficar sozinha em casa
E assistir Cine Band Privê

Você vicia
Enche os olhos de todo mundo
De alegria
Me deixa louca louca louca
Pura energia
Quase um cio
Pois é meu vício

Errado


Olá Sr. Tash!
Olhe os papeis, os papeis
Leve os papeis azuis
Carregue os pacotes

Amarelos de raiz


Vê se não esquece

Traga os cartões, por Jesus

O saco de alcaçuz
Os sacos de algodão

E os lotes de anis


Mas Sr. Tash

Bateu a porta, deixou gris
Apagou a luz
Terminou o dia

Nem me disse adeus...

sépalas brancas, amarelas ou alaranjadas

Por seres assim tão distraída
vais acabar esquecendo a vida
mas não ficas aborrecida
pra tudo há sempre uma saida

Vais acabar esquecendo a vida
e terminarás arrependida
pra tudo há sempre uma saída
mesmo que essa seja a despedida

E terminarás arrependida
debaixo da terra, jazida
mesmo que essa seja a despedida
sobre ti cairá as margaridas

margarida

Margarida perde a vida
mais não perde o rebolado

Da janela, senta e espia
a casa do outro lado

Margarida, minha querida
lhe surpreende o namorado

Margarida , assustada
cai da janela abaixo

Beleza em forma bela

A beleza te escolheu para ser dela o teu encanto
E teu corpo, santuário
A beleza é bela porque tem a ti como exemplo
Num mar pequeno de belezas mil
Tem teu nome como tatuagem
Gravado em pele alva de nublagem
Pois a pele é tua
Porque tu és a beleza

Palavra de escritor.

Pare de ser sintética
Contextualize-se metalingüisticamente
E veja em que verbo você se encaixa
No ser presente ou no estar passado?
Isso!
Continue ..
Faça pelo menos duas vezes ao dia uma gramática espiritual
E veja que paráfrase maravilhosa a sua vida será
Não se preocupe! Os pantuns e os poemas serão conseqüência.
Aguarde, escreva e confie.

Fingir

Fingir dor é fácil
Fingir cor tem lá sua euforia
O difícil mesmo é fingir alegria.

Numa Sexta

Na rua 37 um beco cheirava a vinho
Vinha a mim o estranho gosto da boemia
Boeiro de blues
Corri ao ponto mais alto da sensação de ser jovem novamente e dispensei meu terceiro pé
Corri ao fim, à mim
Desapareci na rua 37, cruzando um beco dionisíaco, numa sexta-feira de nunca mais

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

descortesia/capital

Um homem se vendo em dívidas resolve pedir dinheiro ao seu amigo, o amigo lhe nega o pedido , ao que o homem é rude, o amigo diz :

Isso é mais que um acinte
Muita ousadia
Para quem vive de pedinte
Jamais eu me oporia
Se tivesses o requinte
Mas é tal tua apatia
Que me leva ao conseguinte
Por toda essa grosseria
Peço a Deus que lhe repinte


O homem replica:


Se me achas impolido
incivil ou indelicado
Não precisas fazer alarido
se não sou do teu agrado
só peço pois estou desvalido
e por que tinha acreditado
que só pedia a um amigo
mas, se me pedes repintado
sussuro ao teu ouvido
a Deus te peço açoitado

Boa digestão Descartes

Tudo não passa de um desejo
o tanto quanto onírico
que as pessoas idealizam sobre si mesmo
então; " PENSO LOGO INEXISTO".

Yessica Delmas

Movimentou todos os seus sentidos quando acordou bem de manhã
Falou dos seus pensamentos e cantou a primeira música que veio à cabeça, feito imagem temporária.
Subiu a escada andou
Final do corredor um espelho dentro do seu quarto cheio de coisas antigas...
Colocou os brincos de pérola enfeitando seu rosto pálido que combinava com o reflexo que a luz fazia no vidro da janela.
Seus desejos eram plenamente intocáveis,

tinha olhos maternos como de quem tem amor e cuidado a alguém.
Olhou-se de novo no espelho e pensou com nostalgia de um amor pleno e lúdico
que seus dias deixaram passar em cada tarde vazia
Sem perceber a falta que causaria.
Bocejou movimentando em geometria exata
Cada músculo da sua face exausta
Fechou a porta da sala e saiu pela calçada.

(...)

Sabor insatisfeito

Deitado com a barriga e o perfil direito encostados ao chão
Sua baba invadia todo o chão e sua vontade de viver representada nos seus dentes
Botou a língua pra fora, músculo onde sentia toda sua liberdade
Lambeu o chão.
Sentiu a areia que agora se embebecia da sua saliva incolor
feito seus pensamentos incertos.
Inquieto e com clima de efemeridade levantou, abriu a boca
e mordeu
A cama e todos os seus sentidos completamente na mordida
Mastigou o rato, a formiga, tabaco
Em cima da mesa pula pega a luz do sol que invadia sua pele
e engole numa ilusão ocular dos seus pensamentos exageradamente degustador
pelo seu autopaladar que come também
Os pensamentos de algumas meninas que passam pela retina extraordinariamente copular

- capitular -
Degustativo paladar.
Da janela olhou para rua tocou com a ponta da língua a parede amarela,
de gosto amargo de ontem
Sinal de satisfação
Pelo corredor correu passou com ferocidade seus dentes salientes extravagantes
pela parede
Descascou engoliu
Saboroso segundo cansado...
(...)

luz

a luz é a mãe de todas as cores, que alguns intelectuais entendem como um fenômeno físico onde há uma radiação electromagnética visível, com diferentes comprimentos de onda, que constitui o espectro da luz solar e cuja partícula fundamental é designada fotão. Mas os mais românticos vêem a luz como uma coisa mística que dá vida a tudo que toca.

domingo, 2 de novembro de 2008

aorta

A vida me foi imposta
A morte me foi exposta
No final nada importa

vovó já me dizia

Há dois tipos de meninas:

as que se perdem nos shoppings
e as que se perdem na vida

cavalo dado

Se posso não peço
pedido que for
Se mereço não meço
carinho,amor

serviçal

ser você?

Eu só sei que sou seu
se fui eu, se quis Zeus
como saber?
Se tá só, se tá sol
sai sem mim, sai de ti
vai entender!

sem você?

Tatuagem

É uma sátira,
é só a sombra,
é uma lástima
é desenho de um verso,
é passarinho, é pomba
é o sentido do universo
é rascunho de uma maré
é a lima ou um limão
é sol é lá é si é dó é ré
é uma frase do alcorão
que desenho é esse nessa tatuagem?

A gente se entende

Você sai e faz tudo errado
Você volta e quer ser amado
Você sai e me leva a vida
Você volta e me traz horror
Você sai e não há mais saída

Fica mais um pouco amor

cláusula

Eu quero alguém de calça listrada num dia azul
Chinela havaiana, daquela bem vagabunda
Camisa cinza ou branca, sem logotipo, sem nada
Cabelo black power, liso de cuíca e vermelho paixão

Gingado nas curvas
Curvas na ginga
Doido de amores
Poeta, filósofo, romântico.

Eu quero daqueles que sempre têm uma resposta pra tudo
Que dão risada do nada, calados, quase mudos
Que tenham meio cérebro, nem precisa o utilizar
Que tenham um sorriso bonito
Que me faça delirar


Procuro por ele toda uma vida
Ele tem de vir assinar o contrato
Onde escrevi de que daqui pra adiante
Ele faça de mim o que bem desejar

casa

O molho de chaves jogado no assoalho
Olho mágico: Olham de fora pra dentro: Silêncio
Olham de dentro pra fora: ruído
Sombrinha preta num canto escuro, assombra.
Olho mágico: Olham de fora pra dentro: Silêncio
Olham de dentro pra fora: ruído
O molho de chaves jogado no assoalho.
Fechadura, campainha. Trinca da porta.
Olho mágico acionado. Lá fora, vivo
Lá dentro, morta.

Viver é não ter compaixão

Na certa o que entristece é essa minha vaidade
Mas vem idade vai idade e a saudade não me invade
Nunca me comoveu crueldade
Nunca mantive amizade
Vivo só
e mesmo assim
Vem idade vai idade e a saudade não me invade
Na certa o que me entristece é essa minha vaidade

sábado, 1 de novembro de 2008

A Felicidade

Menina, amanhã de manhã quando a gente acordar quero te dizer que a felicidade vai desabar sobre os homens,vai.
Porque a gente vai se amar, e os outros vão invejar como a gente é feliz! E o sol vai brilhar sem queimar, a noite vai chegar sem amedrontar, as pessoas serão melhores, os dias serão mais longos, porque a gente tá se amando! E quando o sonho acabar... Ah! Eu durmo de novo!

O Sonho

Ela era bonita, pelo menos era o que lhe diziam. Era bonita, mas suja. Suja por dentro.
Sua vida não era real, tudo o que ela vivia era de tamanha intensidade que lhe doía. Doía tanto que ela sofria, sofria, sofria...
Mas pra quê isso, menina? Ela mesma se perguntava nos momentos de escuridão. Uma escuridão tão profunda que ela perdia os sentidos, o ar lhe faltava, ela queria se desprender daquilo e pra isso precisava sentir dor... Uma dor que fosse mais intensa do que ela. Quem sabe assim a outra dor, aquela do interior, não se apagasse mais fácil.


-Acorda, mulher! Já passou da hora de se levantar! Sai desse teu sonho profundo que já tá mais do que na hora de você acordar. - dizia Bebete.
E assim, devagarinho, a doce menina se espreguiçava, preguiçosa, e abria os olhos.
Tomara que ela não volte hoje à noite.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Confusão

São postes são luzes são cruzes são santos

São não!

Maquiagem agindo em máscaras más

Mas ninguém sabe ao certo...

O final afinal

Pedaço

Toda vez que você...
Mas eu penso que assim...
Pois quando você me...
Eu juro que não consigo...
Mas mesmo assim eu...
Só pra depois você...

***

Eu tenho fome de nomes belos

De palavras arranhadas nos papéis

De anéis bem colocados nos dedos

De um sono sinfônico roncante

Cante

Entre becos (Dia de botas)

Chovia
Era dia de botas
Botas de vânia
Botas de glória
Botas de van
Botas de gogh
Botas de gota
Era dia
Chovia
E as botas entre becos permanecia

Entre becos

Entre becos, boca
Entre bocas, lama
Entre pingos, pena
Entre sinos, cena
Entre becos, buraco
Entre meios, asfalto

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

(in)tenso.

Há uma pretensão em tudo.
Sem contensão, com extensão.
Há uma intensão em tudo.
Retensão em quase nada.
Maldita distensão!
Sem compreensão, apenas ser tenso (in)

Do Latim


Definição: Michelotto. Do latim boca falante. Boca revolucionária, excomungada, boca que não fica parada. Boca padre, podre e há muito exilada no mundo da Shiminava. Boca que pensa, boca que fala. Fala MUITO. Dê asas à imaginação e bocas à Michelotto. Boca de Beckett, de Brecht, de Artaud. Boca de Polly, Boca dos beatles e do mundo. Boca 64. Michelotto, bocas de ressaca.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Histórias do fórum 5


Vitor, depois de tantos congelamentos de conta, não desistia.Eram congelamentos totalmente inexplicáveis, quase sem causa... loucura da TNT . Mas sempre o garoto refazia tudo, até ser congelado novamente, como que por malvadeza de alguém.

Hoje, em nossas
conversas , ele contou a mim, à Amanda e a outras pessoas que nem lembro mais quem eram... que ia deletar a conta, que ia desistir...

Amanda então perguntou:
- Você dessa vez nem vai esperar o monitor te congelar, não é?


Ficamos quase meia hora sem responder no fórum, esperando o que o outro iria escrever...


Peraê... isso me lembra alguma coisa... e a você, lembra?