quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Confusão

São postes são luzes são cruzes são santos

São não!

Maquiagem agindo em máscaras más

Mas ninguém sabe ao certo...

O final afinal

Pedaço

Toda vez que você...
Mas eu penso que assim...
Pois quando você me...
Eu juro que não consigo...
Mas mesmo assim eu...
Só pra depois você...

***

Eu tenho fome de nomes belos

De palavras arranhadas nos papéis

De anéis bem colocados nos dedos

De um sono sinfônico roncante

Cante

Entre becos (Dia de botas)

Chovia
Era dia de botas
Botas de vânia
Botas de glória
Botas de van
Botas de gogh
Botas de gota
Era dia
Chovia
E as botas entre becos permanecia

Entre becos

Entre becos, boca
Entre bocas, lama
Entre pingos, pena
Entre sinos, cena
Entre becos, buraco
Entre meios, asfalto

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

(in)tenso.

Há uma pretensão em tudo.
Sem contensão, com extensão.
Há uma intensão em tudo.
Retensão em quase nada.
Maldita distensão!
Sem compreensão, apenas ser tenso (in)

Do Latim


Definição: Michelotto. Do latim boca falante. Boca revolucionária, excomungada, boca que não fica parada. Boca padre, podre e há muito exilada no mundo da Shiminava. Boca que pensa, boca que fala. Fala MUITO. Dê asas à imaginação e bocas à Michelotto. Boca de Beckett, de Brecht, de Artaud. Boca de Polly, Boca dos beatles e do mundo. Boca 64. Michelotto, bocas de ressaca.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Histórias do fórum 5


Vitor, depois de tantos congelamentos de conta, não desistia.Eram congelamentos totalmente inexplicáveis, quase sem causa... loucura da TNT . Mas sempre o garoto refazia tudo, até ser congelado novamente, como que por malvadeza de alguém.

Hoje, em nossas
conversas , ele contou a mim, à Amanda e a outras pessoas que nem lembro mais quem eram... que ia deletar a conta, que ia desistir...

Amanda então perguntou:
- Você dessa vez nem vai esperar o monitor te congelar, não é?


Ficamos quase meia hora sem responder no fórum, esperando o que o outro iria escrever...


Peraê... isso me lembra alguma coisa... e a você, lembra?

Clark, O Quente!

sábado, 18 de outubro de 2008

In(vadia)

A saudade me invadia
Saudades daquela vadia
Vadia podre e vendida
Porém ainda me escorre pelos dedos
A saudade da vadia que eu sentia
E o tempo vai passando devagar
Devagar como fogo de monturo
Tempo esse que me foge do futuro
E a saudade continua a me invadir
Saudades daquela vadia que me amava sem pedir

Sem conserto

Conserto de peças concretas
Sem falhas. Concretas
Concretas. Com setas
Acertos. Com setas
Conserto de peças abstratas
Absurdas
Abstratas
Abstém
E que não tem (conserto)

Sexta-feira

Já estava tudo certo.
Era como se a espera fosse engoli-la por inteiro.
Seu todo era só tempo.
Aflição era o que se via, a angustia não saia de perto e a espera mais uma vez a engolia.
Sentou. Cruzou pernas, braços e cabeça.
Cruzou o medo de não encontrar o que queria.
Cruzou o corredor como que querendo distração. Aflição.
Voltou ao seu lugar, sentou. Mais cruzadas.
Encruzilhadas.
Beirou a loucura e o choro foi consequência.
Beirou a beirada da janela. Precipício.
Melhor recolher as lágrimas e sair. E saiu.
Foi à lugar nenhum e decidiu voltar.
Numa sexta-feira de nunca mais.

Identidade

Isso é pra eu deixar de ser besta, tonta e infantil.
Isso é pra eu deixar de ser mimada, prepotente e imbecil.
Isso é pra eu deixar de ser você.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Uns artistas nus

São terracota
Lia cota
de costas

São despidos
Cuspidos
Perfomaticamente

Perfeitamente
Artisticamente criativo
O artista desnudo

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Mistura de doze com dez ( pode?!)

1. Por quantas vezes quiserdes te juro
2. Não faz mais sentido lutar contra a razão
3. Ando cabisbaixo, vez em vez , murmuro
4. Sem você eu só sou mais um entre a multidão
5. Sinto que esbarro outra vez contra o muro
6. Mesmo longe de mim é grande essa paixão
7. Mas volta logo, sua falta não aturo
8. Vivo cada dia em uma eterna lassidão
9. Devagar como fogo de monturo
10.a saudade invadiu meu coração


Podem puxar

Puxem!
Que sai poesia
Que sai alegria
Também sai choro
Mas sai melodia

Puxem!
Mas não sai rima
Não sai métrica
Não sai o desejado
Nem um dado

Puxem!
Que sai a unha
Que sai o dente
Que sai o piolho
Que sai o feto

Sai coisa de mal e bom gosto!

Precisam

Eles precisam
Sem, a vida seria imprecisa
Sem desenho
Sem graça
Sem risos
Sem a gargalhada molhada da cor do sol das cinco da tarde

Precisam
Pois sem, é imprestável
Sem som
Sem cor
Sem música
Sem...
Sem...

Eles - Cachaça parte 2

O vizinho marrento, mal me dá um olá...

O loiro da escola eu até esqueci do nome dele!

O que me deu o primeiro beijo eu o evito, pois ele é esquisito...

O meu primeiro ficante foi um coitado... eu estava muito estranha, pois o usei!!!

O cara mais velho pelo qual me apaixonei era casado, e por ele, eu sentia um grande respeito...

O meu segundo ficante, um dia desses eu o encontrei... fazia parecer que nada tinha acontecido entre a gente... e eu também fiz parecer isso...

O meu... a partir daí eu não sei se ele foi só ficante ou namorou mesmo, embora foram uns dez meses de agonia, me pôs uma infinidade de cornos e hoje quer que eu morra, e eu desejo o mesmo a ele, do fundo do meu coração...


O meu namorado de verdade, passou um ano e agora não deu nada de errado... Mas ele é tão lindo, tão educado, tão romântico,tão carinhoso, tão esforçado... me ama de verdade , me enche de mimos, de carinhos... mas que eu desconfio, ah, eu desconfio!


P.S.: Nesta vida há tantos post scriptum que dariam outra carta...

A boca já não fala mais - Cachaça parte 1

Mal me dão olá
À minha despedida não respondem
Viram os rostos.

Ele não esperou minha chegada, foi-se
Evitou sem querer o meu olhar
Sem querer evitou o meu olhar...

Elas deram sorrisos falsos...
Minha audição aguçada permitiu-me ouvir os comentários
- O que fiz de errado?

Não me permitiram acesso ao último andar
As lojas fechadas
A noite escura
Somente o Pedro abriu as portas
Mas não me deixou entrar

O cachorro pra mim rosnou
O mendigo rejeitou minha esmola
A velha não quis ser guiada por mim...

Alguma coisa deve ter saído errada...

Serial

Uma mente fria sem sentimentos
Um pensamento fixo sem sentimentos
Uma ideia fria e calculista
Uma ação aparentemente necessaria
e varias mortes friamente calculadas
não pode deixar vestígios
pistas são perigosas demais
nada de rastros
nunca assinar a sua autoria

A declarar

Você pode me ver do jeito que quizer
não sou o que você vê
o que eu sou você nao conseguirá enxergar
terá de me conhecer e mesmo assim nunca saberá tudo
porque meu tudo não existe
sou e sempre serei um eterno misterio
pra todos e pra tudo
Eu não vou fazer esforço pra te agradar
vou agir como voce merece
vou te dar o que voce precisa e não o que voce quer
De tantas mil maneiras que eu posso ser
vou ser o que que eu achar que devo ser pra voce
dependendo do que voce é pra mim
Eu nao faço outra coisa do que me doar
dou meu carinho a quem merece
minha atenção a quem precisa
e meu amor a quem me conquista

Quero

quero uma saída pra meus problemas
quero um caminho certo pra seguir
quero começar minha vida de novo
quero fazer tudo diferente
quero dar o melhor de mim
Quero fazer alguem feliz
e o mais importante...
quero ser feliz

eRRo

é dificil saber exatamente onde erramos
é dificil saber quando estamos errando
porque só se sabe quando o erro ja foi cometido
queria saber todos os meus erros
pra poder consertar tudo

Amor


o que é o amor se não uma ansiedade na hora de ver o ser amado,

o que é o amor se não uma vontade de estar sempre por perto

o que é o amor se não uma tentativa de ser feliz


Amar é ficar ansioso por um beijo,um carinho,

é ter sempre vontade de ficar juntinho.dando beijinho e fazendo amor

é querer encontrar a felicidade nos olhos de outra pessoa

é procurar em outra pessoa o que falta em nós


Prisão

Às vezes sinto como se tivesse presa numa eterna agonia,
a ansiedade toma conta de mim,
não consigo mais fazer o que quero tenho seguir
o que minha cabeça transtornada pede.
é nessas horas que faço tudo por impulso
e deixo a razão de lado...viro um ser irracional
guiada por instintos.
Sou um ser compulsivo,transtornado, inconsequente
meu pensamento esquizoide nao me deixa sair
estou sempre presa

Efemeridade

ouço um tic tac na minha cabeça quando a repouso sobre o travesseiro,levanto e encosto o ouvido no relogio de parede mas ele nao faz tic tac, procuro pelo o quarto inteiro mas nao encontro a origem desse som,ai percebo que esse tic tac é o do relogio de minha vida que tá escorregando pelas minhas mãos e eu não to vivendo ela como devia,é um sinal de que eu tenho que viver enquanto tenho tempo. mudar enquanto ainda posso, fazer minha vida seguir no caminho certo enquanto ainda tenho tempo. A vida passa rápido e se nao tiver cuidado com ela , ela passa rápido demais e só nos arrependemos quando nao temos mais como mudar nada.É por isso que escuto o tic tac na cabeça por ainda ter tempo para mudar o rumo da minha vida e fazer o certo. A vida não avisa quando vai acabar,não manda aviso prévio, nunca se sabe quando podemos estar por um fio,mal nascemos e ja começamos a morrer, nascemos morrendo,por mais estranho que pareça, a cada dia que passa.

Mudança

Cometo erros o tempo todo
nao acerto em nada
tudo dá errado
queria saber porque nada dá certo
mas vou fazer de tudo
vou mudar meu mundo
e minha vida vai melhorar

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Fim e início de festa

Frevo
Ciranda
Maracatu
Gente
Multidão
Apoteose

Sozinho
Noite
Água
Centro
Zero
Bicicleta

Sozinho
Rua
Ponto
Ônibus
Prostitutas
Dinheiro

Camisinhas
Fezes
Pênis
Ânus
Ânus
Pênis

Bicicleta
Rua
Chuva
Cansaço
Safadeza
Becos

Prostitutas
Travestis
Camisinhas
Maconha
Crack
Loló

Rua
Bicicleta
Sede
Fome
Bairro
Casa

Ernesto
fez
sua
própria
festa
particular

Eu era...


Eu era triste e já desconfiava disso...






Uma foto de domingo, 8 de julho de 2007, meio-dia.

Remendando os remendos

A vida deve ser colocada acima da ideologia, ou seja, a grande ideologia é a vida...e a grande ideologia da vida é o amor, portanto ser socialista com coerência é amar incondicionalmente os seres vivos...

...um sistema político tem que desenvolver como base de projeto a continuidade do ser e, a continuidade da ideologia, seja ela qual for, sendo ela um novo pedestal da grandiosidade do amor, portanto, da vida...


...ora, vermelho doi-me nos olhos...

... quer um traguinho?

Today's Neopian haiku is:

Decorous wind, good
but ornament fluctuates
Zafara agrees.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Gelo e mel no assoalho

Estive me perguntando se alguém, algum dia, me leria. Não espero que me reconheçam entre linhas, pois não me formo apenas de linhas, apenas uso delas para ser além. Porém, a pergunta em que me pego pensando é se estaria você me lendo, agora.
É frustrante um monólogo. O quão longe se forma opiniões quando se um só se expõe?!
Espero que longe o suficiente pra seja lido, talvez se não fosse ousadia, diria até longe o suficiente pra ser querido.
O pássaro pousou, pra sobreviver precisa ser breve, objetivo. Esse pássaro não tem necessidade de participação nesta história. É que com os dias de escrita percebo o quanto tenho de improvisar para transformar uma curta história em longa. Já que usei o pássaro, continuo presumindo sobre a vida dele. Ele não parece temer a morte, apesar dela estar cada dia mais próxima. Afinal, a vida é um eco do nada. A alma do pássaro provavelmente já morreu, mas seu corpo não sabe e ainda se movimenta entre as lacunas do espaço.
Minhas mãos são muito brancas, e mesmo parada me sinto tonta, no escuro sinto cair. Mas o pássaro não sente a minha presença. Ele já vai longe, voando para o seu ninho. Contudo, olho a ida do pássaro, meu único amigo e tenho que dizer: “A vida é uma batalha na qual eu já fui vencida”.

hábito

Criada por vó
Mal-criada de nascença

À meu sobrinho

Na sua frente uma sopa de letrinhas , atrás dele o mundo inteiro.

Críticas do livro Entre Becos

" Um clássico do gênero! O melhor de todos os tempos"

Jornal ~ O Globo


" Cardoso acertou mais uma vez, com muito charme e ousadia singular"


M. de Assis



" Explora se afetação o psicológico do homem contemporâneo, maravilhoso"


Jornal ~ The Times



" Uma das melhores experiências que já tive como leitor , muito bom"

E. Galeano



" O passo que faltava para entrar na ABL brilhantemente"

Folha de São Paulo



" Levanta questões já pensadas por Nietsche e Stephen Hawking"

A. Eisten



" Dez, dez, dez... Nada menos do que dez!!! "

Michelotto

Entre Becos - 6 partes - (parte 6)

Não comprou o atlas nem acordou cedinho aquele dia, só resolveu se conformar. Sua vida era tediosa e ele era um ser miseravelmente só. Acreditou então que a vida é feita para dois grupos.
A de" Que um nasce pra sofrer Enquanto o outro ri ". Infelizmente ele sabia que estava no segundo grupo. Mas, nem tudo estava perdido. Ele haveria era de "procurar , pelo menos vir a achar razão para viver". Ele faria igual a noventa e oito por cento da população, arranjaria um emprego meia bunda, casaria com alguém sem ideais e teria pelo menos dois filhos ignorantes e de mau caráter.
Regiria sua vida em torno de teorias sem nenhum sustento, seus pensamentos seriam formulados no nada e não gostaria de ser dicordado de suas idéias. Ah, ótimo, a vida iria finalmente fazer algum sentido e, estava só começando.

Unhas vermelhas

As velhas unhas vermelhas voltaram
Dessa vez
Com um tom mais escuro
E mais curtas

Entre Becos - 6 partes - (parte 5)

Depois disso, pediu para o seu vizinho regar as flores do jardim que ele não tinha, encheu as malas de anos perdidos e partiu rumo ao mundo, se saber que ia na direção contrária.
O mais longe que conseguiu chegar foi em uma parada de ônibus no centro da cidade, voltou.
Chegou em casa, ninguém o esperava. Contudo, chegou a tempo para o jantar que ele mesmo faria. Fez uma anotação em seu caderno, no outro dia, cedinho, iria comprar um atlas.

Entre Becos - 6 partes - (parte 4)

- Já faz três anos que ela o deixou.
- ... Pode fazer dez, pode fazer cem. O que não faz é diferença. O que você me receita?
- Você não está mal por que está sem ela.
- Como assim? é claro que estou
- Não, não está. - Ele pegou os papéis e guardou novamente na pasta. Continuou.
- Você sofre é de tédio. O tédio é um sentimento de vazio, de que o mundo como um todo perdeu a importância. O tempo lhe pesa, e você escolheu a perda dela como forma de se permitir entediar.
- E o que eu devo fazer?
- O tédio pode ser apavorante, contudo lhe traz uma oportunidade de se reavaliar. Você não deve se entregar a ele. Você tem que se reconquistar.
- Me o quê?
- Eu sei que parece estranho, mas é realmente a solução.
- Eu me sinto miseravelmente só. Talvez eu faça o que o senhor disse, vou me dar uma oportunidadae de ser feliz!
- Faça isso! Agora me desculpe mas eu preciso ir, minha filha está no dentista, ainda tenho mais duas consultas e o tráfego está horrível.

Voltou a sentar-se em frente a cadeira agora vazia. Quem sabe não seria melhor uma mudada? Talvez uma viagem pra aqueles países que ele sempre desejou conhecer, procurar alguém, abrir um negócio, ter uma família. Grandes coisas podem vir! Se levantou e foi dormir.

Entre Becos - 6 partes - (parte 3)

Depois de um tempo tudo se acalmou. Inclusive ele. Parou diante das janelas entreabertas e acendeu um cigarro. Chovia. Não era comum passar carros por ali, mas ele estava esperando o psicólogo. Um carro vermelho passou e ele acenou. O doutor chegara.
Houve um tempo em que os sonhos eram importantes e você achava que fazia a diferença, tudo era novo e você sabia que era só atravessar a esquina para encontrar a felicidade.
Abriu a porta para o terapeuta e pediu para ele entrar. Ele entregou sua casaca e aceitou um café. Trazia uma pasta consigo. Depois de uma conversa trivial cada um ocupou o seu devido assento, a conversa começou novamente. O proprietário se levantou da poltrona em que estava, para fechar a janela. Estava frio e isso talvez incomodasse o outro. Não sabia o porquê, mas não o queria desagradar.

- E, então? O que você tem feito? - perguntou o psicólogo.
- Alguns planos de viagem... Também tenho arrumado a casa e comecei uns desenhos. Quadrinhos, na verdade... Coisas que eu sonho, ou que me acontecem no dia-a-dia. Quer ver?

Ele não quis. Só anotava coisas em um papel tirado da pasta. E isso doeu no outro profundamente. A sala silenciou. O visitante percebeu e quis ir direto ao assunto.

- Me diga como você tem se sentido desde que ela se foi.
- ...
- Você não tem sentido nada de diferente... acontecido...?
- Ontem a noite eu pensei na infância que eu não tive. Da minha vida só me vem a lembrança de um tempo espaçado. Cada novo dia é um dia mais perto da morte. E é pior do que morrer, é bem pior do que viver. Viver sem ela é só esse tempo espaçado.

Entre Becos - 6 partes - (parte 2)

Bebeu

para esquecer
esquecer pelo menos

uma noite tudo o que aconteceu

e o nada que lhe restava .

Sua vida cheia de

gotas que como

sua alma

, Vazava.

legia visual 1

"O mundo não era mais o mesmo"
estava ciente depois de chorar por 24 horas na frente do ventilador
sabia que depois daquele desencanto, chegaria sempre um novo
>INFINITO MAIS ALÉM<
Abriu a boca
engoliu o vento gélido que envolvia todos os seus sentidos
delírios
num espaço que se perdia na ausência completa de ruidos
dos seus pensamentos deletérios
que outrora aspira sempre mais..
- perigoso estado avesso parecendo ser eterno...
estava selado e consumado,
e agora derretia junto a lágrima e a baba do seu rosto triste;
reagindo ao contrario do mesmo prazer.

elegia visual 2

Numa atmosfera superiormente sufocante
ela era um gelo de ansiedade que se desfazia
com a mesma velocidade tal qual varias palavras saem de uma boca
invadem dois ouvidos
dilatam duas pupilas
contraindo um musculo involuntario
(quebrado
%¨#$@¨#% ando)
a saliva era feito um copo de veneno
engolia de uma vez
com muito gelo pra diluir a vontade de não viver
sozinha
Somente soletiva
no final da rua farou acende
olho estradando estrábico de tão alto
raizes em baixo do tenis-asfalto
na faixada da rua do seu prédio
da calçada não se sabe...era a cidade que a olhava ( ? )

Entre Becos - 6 partes ( Parte 1)

Livros são como escritores em pote de conserva. Escrevem diferentes autores por que gostos são variados. Para a tese ser mais consistente mais linhas teriam de ser gastas, mas ela não é, além de que linhas já foram demasiadamente gastas para o sustento de tal idéia.
Quando algo ainda não foi dito corre-se a se dizer, mesmo que disso nada se careça ser. Este conto irá variar no sabor. Pode começar com um gosto amargo e ao final um azedo persistir. Todavia, digo de princípio que a culpa não é daquele que escreve. Pois, é praticamente uma necessidade escrever. A culpa está naqueles que ousam experimentar do pote. Dito isto, sinto-me mais confortável para iniciar, ou melhor, continuar a história.

so não se perca por aí

Sem certezas de uma situação qualquer
Que extrapola o infindável
Seja no onírico ou na prática
E as interpretações são muitas
Refletem um total paradoxo...
Ancioso
Agarrou-lhe tentando sufocar.
Seguros
Um no outro
Movimentos cruzando-se
Agonia
Momentos
Venceu-a!
Juntos, agarrados, tão próximos que ela mesma parecia querer aquilo, parecia querer tais braços, parecia extasiada com toda aquela emoção.
Em casa
Deitou-a no chão
Pegou a faca
Sua faca
A favorita
Sujeira
Sujeira
Sujeira
Tudo era sujo
Sujeia!
Respirou
Parou
Respirou
Olhou
Parecia que acordava de um pesadelo, tentou se mecher lentamente tentando reconhecer o local que se encontrava porém não conseguia recordar aquelas paredes imundas, e toda a umidade pesando sobre ela, unindando o ar com tal cheiro forte que sentia, parecia algo apodrecendo ou apodrecido.
Assustado
Assustada
Mirou
Cortou
Abriu
Cortou
Cortou
Cortou
Cortou
Cortou
Cortou
Cortou
Cortou
Parou
ooooolllllhhhhhooooouuuuu
Reparou no brilho intenso dos seus orgãos, que refletiam a luz da imunda sala, adimirando como quem se permite mergulhar num belo quadro, instigante e emocionante, estava mesmo perplexo com tantas cores, tantos tons, tantas coisas, e se questionava como pederiam caber tantas coisas ali dentro.
rrrrreeeeessssspppppiiiiirrrrrooooouuuuu
RESpirOU
resPIRou
RESpiroU
REspIROu
resPIROU!
Pensou a respeito
Estava com frio
Esvaziou-a
Sentou?

Acabou Sendo Assim Mesmo

Ancioso, agarrou-lhe tentando sufocar. Seguros um no outro, movimentos cruzando-se. Em meio à agonia do instante, ele acabou por conseguir vencê-la. Saíram do beco juntos, tão próximos, que ela parecia querer aquilo, mas não se movia.

Em casa, deitou-a docemente no chão da sala quase vazia. Buscou sua faca favorita. Já sabia o que fazer, ensaiara várias vezes na solidão de sua sujeira. Em pé ao lado dela, respirou fundo antes de fazer o que queria. Lentamente se abaixa ao lado da bela que tentava despertar. Surpreendida pelo frio que lhe atravessou o estômago tentou reagir, voltar ao calor de sua própria casa, mas relaxou olhando os assustados olhoes dele.

Com a mesma voracidade arrancou-lhe a pele e as costelas, músculos e tendões. Deliciou-se com o torso aberto, extasiado com o calor que sentia fluir do sangue morno que escorria das costelas quebradas. Contemplou o brilho e as cores de seus orgãos internos como quem se permite penetrar num belo quadro, acompanhou o movimento dos pulmões esvaziando-se, soprando toda a angústia e agonia para longe.

Respirou fundo.

Sentou-se ao lado dela ................................................................................................................................
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Sentiu o calor exalado diminuir. Pensou que poderia sentar-se dentro dela; quem sabe assim o frio passaria?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vai minha tristeza

"Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser"
Não pode ser
Não posso ser
Não quero ser
Sem ela não pode ser
Não pode ter
Não tem canto e o encanto não pode ter
Minha tristeza tem voz e declama pantuns sem versos
Evoca quadras sem nexo, dislexos. Sem alegria
E sem alegria não há beleza e sem beleza é só tristeza
E a melancolia não sai de mim nem por prece
Vai, minha tristeza, e entrega a dor que cada um merece

olinda, dia de chuva e câmera na mão.


todo vício tem uma beleza quase que subliminar
poder de deixar o que há pintado em cada átomo de qualquer coisa mais bonito
poder de exalar mil cores ou mil queixas

vício de abrir os braços para todo e qualquer vício.

!!!

não se deixe
não se contente com simples respostas
não se satisfaça com possíveis possibilidades.



(para o texto "?" de dindo)

Frase de Efeito

"O desenho é a materialização expressão do pensamento-imaginação-memória".

Quando Pinto

"Pintar figuras impõe recíprocidades éticas entre o artista,a obra e o ofício.De tal modo que o artista e ser humano,deve romper limites,explorar paradoxos,pôr-se para fora do cárcere e expiar-espiar para dentro da jaula-caixa figurativa".


mais textos em forma de fotografia.





?

Não tenho certeza,
Tenho dúvidas,
Dúvidas certas
Nas horas erradas
Que me prejudicam já
Mas agora não dá pra esperar,
Preciso de uma resposta
Que aumente o número de possibilidades
Mesmo que seja só por um instante...
Eu sinto um sim
Grande
Ande
Andando
Chegando
Sorrindo
Indo
O que será isso?
Bem,não tenho certeza...
Sou um infeliz baderneiro,
Só quero fugir bem ligeiro,
Me mandam pra Marte
Ou pra qualquer parte
Não sei para onde ir primeiro!

sábado, 11 de outubro de 2008

Voz viés

Aflauta, ó voz viés
Dai-me teu canto, teu pranto
Afaga essa dor que me espanta
Traz o aflante que me encanta
Dai-me teu canto, teu pranto
Guia-me por entre o espanto
Traz o aflante que me encanta
E reluz a luz que me acanha
Guia-me por entre o espanto
Envolve-me em voz e canto
Mostre à quem somos fiéis
Aflauta, ó voz viés

20,21...

Ricardo é mp4
Ernesto é radiola
Ricardo é Football Manager, 2009
Ernesto é jogo de botão...

Ricardo é Daslu Homem, Giorgio Armani, Ermenegildo Zegna, Hugo Boss, Prada, Dolce & Gabbana, Gucci, Prada Sport, Lotto, Nike, Cavalera ...
Ernesto é Cattan, nem chega à renner...

Ricardo... New Beetle
Ernesto? uma bicicleta de ninguém sabe quem

Ricardo é do bem!
Ernesto também?

Leveza

E os meus olhos encontram os teus
E a tua boca derrete o meu ser
Sem ser coisa
Sem ter fim
E me entrego até cair em si, em mim
E de novo caio sobre teu corpo, sem peso
Ser leve
Ar
Levez(ar)

Irmão irritanto a mamãe

Ela não sabe mais o que fazer com o meu irmão
GRITA, GRita, grita .. até não ter mais força.
Ela tenta bater de frente, ela tenta bater na cara, mas não ..
Aflição!
É triste, mas mamãe não tem moral.
A rigidez e o castigo são somente teorias ainda não postas em prática por ela.
Às vezes acho que ela tem inveja de Hitler.
"Aquele sim sabia castigar", ela deve pensar.
E enquanto ela não começa a ler O Príncipe, de Maquiavel, meu irmão vai marcando território e tirando zero nas provas.

Vento

Era como se qualquer vento pudesse levá-la para longe dali.
Vento esse que a acompanhava pelo caminho já sem volta em que se meteu.

Meteu os pés pelas mãos e as mãos nas histórias sem final feliz.

Feliz era o que ela pedia aos deuses para ser.

Ser inteira.
Ter começo, meio e fim.

Fim de um final.

Final de um começo sem fim.

civilização




PARE!
veja
compre
siga
OBEDEÇA
não pense!
vida fabricada
felicidade enlatada.

pílula

preciso buscar a relação
que não provoque overdose
O AMOR PURO
UMA DROGA DURA
mas ao contrário
êxtase eterno.

concepções astrológicas - da série "mamãe e papai"

ele, um touro incansável
ela, uma leoa enfurecida
eu, um peixe calado.

ele, um touro teimoso
ela, uma leoa rugindo
eu, um peixe frito.

ele, um touro forte
ela, uma leoa no cio
eu, um peixe no aquário
nós, uma constelação de amor.

discursos diários - papai e mamãe (respectivamente) 24hrs

porque não apagou a luz?
feche a torneira
traga água
não fale dessa maneira.

quer comer o quê?
céu e terra
basta dizer
eu dou pra você.
e mais tantos quereres guardados na caixa das coisas de que não fiz.

ãmor


na vida apenas um querer
plantar e ver nascer
uma exótica romãnzeira
pois aceitei os rumores:
pé de romã
ramos de amores.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quando a sala fica vazia...

A última ciranda - a verdade

Era mais uma noite daquelas férias , nem lembro mais se era final de 99 ou já início de 2000, mas eu estava sem sono e embolando na cama, na mesma cama que estavam meus pais, e eu estava lá pelo simples medo de ter pesadelo.

Pedi a Paulo, meu pai que me cantasse uma canção qualquer de ninar e que me fizesse cafunés, ele ali era o único que tinha paciência para essas coisas e minha mãe, Cícera, já estava em sono profundo.

Afundando aquela mão senil nos meus cachos, cantava baixinho:

Eu estava na beira da praia
Ouvindo as pancadas
Das águas do mar

Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na Ilha
De Itamaracá

Eu estava sem saber da vida
A manhã perdida
Na beira do mar
Eu estava na beira e não via
Que o mar prometia
Morrer, deslindar

Depois veio aquela menina
E meu corpo queria
Crescer, navegar

Essa manhã de dor, essa alegria
Essa vontade nova em frente ao mar
Essa primeira esperança comovida
De ter de, de ter de atravessar
Essa janela aberta, essa varanda
Essa manhã desesperada e branda

Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha
De Itamaracá


Até eu adormecer, abraçada a ele.

Naquela noite não tive sonhos, mas em pleno dia tive um pesadelo que para meu desespero era real. Nove horas e mais um tanto da manhã de um dia qualquer, que cuja data não lembro nem faço questão de lembrar, fui acordada por uma histeria infernal. Gritos da minha mãe, do meu pai e do rapazinho que trabalha até hoje conosco. Com o coração aos pulos corri para o quarto de onde vinha o barulho , no quarto onde se pintavam as placas, enfim, um negócio ridículo de se explicar e do qual eu sentia infinita vergonha, pois nos impedia de ter uma casa bonita e arrumada como a dos meus poucos coleguinhas. O cenário era repugnante: tinta sintética vermelha respingada pelo quarto que fedia, Dudu segurando minha mãe que de tão enfurecida parecia estar cega, e meu pai calado num canto, parecia chorar.

Ninguém queria falar comigo, nem ao menos olhar para mim. Ninguém queria me dizer o que havia acontecido, todos se entreolhavam. Talvez minha mãe me tinha dito que levara um tapa no rosto. Se disse ou não, não lembro. Mas lembro claramente da marca de mão no rosto dela.

Mainha não só estava com o rosto ferido. Estava com o orgulho ferido.E para meu desespero, e desespero maior do meu pai, ela decidiu que meu pai ia embora daquela casa, e tirou nós dois do caminho dela, empurrando-nos, indo em direção ao quarto para tirar as roupas dele, e colocar numa mala qualquer.

Não digo que minha mãe era a vilã da historia, tampouco meu pai. As situações que se preparam para nós são as verdadeiras malvadas. Mas naquela hora minha mãe conseguiu ser ruim: meu pai, um velho quase esclerosado, diabético e falido, precisava da gente. Ela não quis saber, levou a mala até a sala e ligou para Edvaldo, genro dele, para que fosse buscá-lo.

Eu não chorava, a única coisa que eu sentia era fome e sede, pois até aquela hora não havia comido até aquela hora, umas três da tarde. Fugi até a casa da vizinha, onde eu brincava com as filhas dela, minhas amiguinhas, e me deram cereal. Foi a primeira vez que eu havia comido aquilo, e com a tigelinha descartável na mão, fui até o portão. Só deu tempo para eu ver ele no carro, e Divo acenando para mim.

Painho não acenava, ele não me viu... tava quase cego por causa da catarata nos dois olhos.

Ceres e o rato

Ela havia escalado toda a muralha externa do imenso castelo, ensangüentada, uma flecha cravada em seu ombro esquerdo e toda a dor do mundo. Entrava enfim no salão principal.

Escuro, tudo muito escuro. A fraca luz do sol apenas revelava uns dois degraus duma escada, o tapete bordô mofado, a madeira manchada , cheiro insuportável. Ceres sentia que nenhum ser humano entrou alí por anos.

E ela estava certa. Do nada aparece um rato, não um rato de tamanho normal, mas um bem grande. Não era uma ratazana, o bicho era grande demais. Na verdade ele era do tamanho duma criança de uns seis anos, fedia e tinha poucos pelos amarelados fracassados na missão ridícula de cobrir a pele manchada, esbranquiçada como a de um velho leproso.

Ao olhar nos olhos do rato, Ceres sentiu o olhar talvez humano do asqueroso, e apontou sua bastarda para o focinho torto do roedor.

- Xô - monossilabicamente tentou afugentá-lo.

- Calma, não mordo - desculpou-se o rato, para total espanto da garota - há séculos e séculos mofo aqui à espera de alguém para me ouvir, alguém que eu possa passar minha herança para poder ir em paz.

A garota tentou falar, depois resolveu continuar calada, para que ele se continuasse se explicando, se explicando, explicando , explicando, explicando...

- Tá vendo esse tantinho de escada? - perguntou o ser asqueroso, com um ar teatral, e estalando os tocos de dedos, fez as luzes se acenderem, revelando um belo porém acabado salão - isso tudo era lindo, jovem tola, mas tudo acabou e sobrou isto que vês.

O rato não parava de falar e falar, e aos poucos foi-se revelando uma criatura amigável, e Ceres não se conteve e perguntou:

- Você já foi humano, Sr. Rato?

O rato subiu as escadas emboloradas e na sacada abriu os braços e gritou:

- Releia o texto, meu amor! Releia e releia e releia por favor... assim você verá quem sou! - e continuou a falar até que Ceres dormisse em algum lugar do recinto...

A verdade doi


Era horrível.

Pequena, miúda, magra, o pescoço fino, tremia como se viesse da neve. E parecia que lhe tinham dado por dentro da pele um violento banho de enxofre. Tinha jalde a face, a pele das mãos era amarela, os lábios, sem sangue, laivavam-se de amarelo, e nas olheiras cor-de-perpétua a esclerótica era cor-de-ovo. Lembrava um espectro de pesadelo, um ser irreal, onde só os seios duros e eretos davam uma impressão de vida impetuosa...

Xícaras de café

Sabe... esses dias (hoje) vi na novela das oito (que começa ás nove) a menina lá que fugira e ficou grávida... bem, fiquei pensando... nós jovens somos muito louquinhos, pelo menos eu sei que eu sou. Posso parecer a quietinha, a santinha, mas... bem, até as verdadeiras santinhas, coisa que eu era há poucos anos atrás, qualquer coisa mais assim que surge nós ligamos os radares e enlouquecemos.

Primeiro foi o bate-papo da UOL, aquela merda que até nas salas de sexo não se fala tanto do rala e rola quanto no de adolescentes... péssimo isso. Devia ser proibido, mas isso que torna as coisas mais gostosas de se fazer. Sarrar aproveitando um momentinho dos pais longe, receber o cafajeste enquanto os pais estão fora, são exemplos de coisas proibidas porém gostosas que tive o (des)prazer de fazer... São esses momentos, são frações de segundo e graus centígrados a mais que nos fodem (literalmente) pelo resto da vida.

Ao menos que se tenha o mínimo de bom senso ou então um bocado de medo.

Fui uma pirralha medrosa, uma adolescente medrosa. Na minha época mais subtudo, mais underground, me deu muita vontade de fazer todas as merdas do mundo, mas por medo, não fiz nem um por cento do que pensei fazer. E agradeço a esse medo, porque quando a gente faz merda, quem faz a merda com a gente simplesmente some, e a gente fica sozinho, pagando o pato sozinho. Isso é regra. E pra achar uma exceção disso... vai sonhando...

Tou falando no sentido da mocinha fazer besteira por causa do garanhão, e o peste dar um pé na bunda da demente... claro! A mocinha vê no homem dela a fortaleza, a máxima proteção, e quando o cara some, geralmente a bestinha fica lá, ao leo, à mira dos fuzis, canhões e dedos certeiros.

Isso tudo por que já fui alvo de muitos dedos, tudo por que menti pra mainha dizendo que ia com o namoradinho (de merda) pra uma festinha do colégio, pra ir no shopping tomar capuccino... ora merda, eu devia era ter ido num motel, dar o cuzinho!

A desconfiança era a mesma e pronto...

Horru says

Blumaroo, careful
soon oscillates fragrantly
careless chaos, quick.

Ela

Do pano de prato á filosofia
Mamãe entende de tudo!

Eliza Dias


Seu nome era Eliza Dias
Os olhos baixos de ardor
Ó pequena, que tanto querias?
Ela queria apenas o meu amor

Os olhos baixos de ardor
As faces rubras de querer
Ela queria apenas o meu amor
E seu beijo parecia-me arder

As faces rubras de querer
Os olhos secos, o lábio amargo
E seu beijo parecia-me arder
Sorria triste com falso largo

Os olhos secos, o lábio amargo
Despediu-se, mas o que sentia?
Ficou em mim o imenso fardo
Seu nome era Eliza Dias

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

sinopse das 24hrs na vida de mamãe e papai

ela não dorme sem rezar
ele não reza sem dormir
ela odeia o carnaval
sem o carnaval ele odiaria tudo
ela, ex-freira
ele, quase padre
20 anos atrás
num encontro de igreja
o encontro dos dois
gerou essa beleza:
Paula Frassinetti
católica apostólica romana.

Mais um verso

A menina me odeia
Por um desenho perverso
Se me vir dar-me-á uma peia
A chamada Mais um verso

Ela não mais me tolera
Por um desenho perverso
Comigo está uma fera
A chamada Mais um verso

De longe já me evita
Por um desenho perverso
Tudo que falo a irrita
A chamada Mais um verso

Perdoa, ó minha flor
Por esse desenho perverso
Não queria te causar horror
À chamada Mais um verso

Já aqui fica a desculpa
Por um desenho perverso
Não quero perder a amiga
À chamada Mais um verso

Alto, bonito e garboso

Herdei a beleza de minha mãe
O carinho de meu pai
Por isso sou bruto e feio
Moro com o Satanás

Herdei do vovô tranquilidade
Da vovó inteligência
Por isso sou mole e burro
E me recai uma demência

Se quiser me namorar
Saiba que eu sou amoroso
Da família o mais bonito
Sou banguela e volumoso

Sinônimo de compromisso
relacinamento firme, sou tolerante
herdei do meu tio a lealdade
Só vou ter mais uma amante

...

Me promete a eternidade
Me faz juras de amor
Nas palavras, veracidade
Entre nós o cobertor

Período de Guerra

As tropas inimigas invadem Meridell
Rei Skarl tão medroso tremia
Nem ao menos tinha Isabel
Já que a mesma agora morria

Rei Skarl tão medroso tremia
Vendo os dariganos em montaria
Nuvens escuras de alquimia
Sabia que o palácio ruinaria

Vendo os dariganos em montaria
Mandou chamar o bravo Jeran
Sabia que o palácio ruinaria
Que Kass já destruira Teerã

Mandou chamar o bravo Jeran
Que com Psellia caída do céu
Derrotou tudo o que lhes armaram
As tropas inimigas invadem Meridell

Psicodelia

Eles tocam o bombo. Toda a família com um dom. Perto as bactérias escorrem, se misturam, dão voltas. Vejo círculos, espirais, junto dos quadrados verde-vermelhos. Eu vejo a chuva, com grandes pontos, estrelas com pontas, notas musicais. As flores murchas, as flores rosadas, o vitral. Vejo um coração, uma cara feliz e uns raios de sol. O elefante cor de rosa tomando banho, vejo os planetas. E é tudo que sei. No quarto as sandálias de couro, a bolsa de estrela na porta e atrás a toalha com motivos florais. Revistas em quadrinhos empilhadas. A desorganização invadindo o espaço da organização. Drummond versus Homer Simpson, e é só.

Marsileu...

Os raios de sol cantaram forte
Os verdes mais verdes agora
Pistas que indicam ao norte
Uma beleza que calmamente aflora

Os verdes mais verdes agora
De folha em folha ele implora
Uma beleza que calmamente aflora
Ante o ruborescer louco de Aurora

De folha em folha ele implora
Crendo em sua sorte quadruplicada
Ante o ruborescer louco de Aurora
Ele se abre triunfante para sua amada

Crendo em sua sorte quadruplicada
Arranco-o, pois ele me dá sorte
Um dia belo, uma manhã agraciada
Os raios de sol cantaram forte

Leitura

Uma tela é como um livro do começo ao fim numa só página.

Sem Cessar

Não cessaremos de explorar
E ao fim de nossa exploração
Voltarenos ao ponto de partida
Como se não o tivéssemos conhecido

Poluição

Tumulto
Pandemônio
Desordem
Rixa
Motim
Conluio
Orgia
Desencadear
Desenfrear-se
Proliferar
Explodir
Crescer com exuberância

In

Indefinido
Indeterminado
Indiferente
Inativo
Nem ácido nem alcalino

Ócio

A presença da ausência está repleta de vaguidão.

Linha do Pensamento

Exemplifica toda e qualquer tentativa de conceito.É como um reflexo de alcance quase que total,como se...

Mosaico

Amor...

Gargalhadas e lágrimas

Janelas e sucos

Fotos e nomes

Letras e músicas

Pincéis e tecnologias

Desejos e mistérios

Direito e viés

Pernambuco e afora

Prazer e torturas

Família e amor-amigo-irmão

Carros e aviões

Clarice em nós

Nós em liberdade

Tu e eu

Eu e você

Timidez e holofotes

Meu- nêgo-seu-Fio

Vinho e ressaca

Nuvens e balões

Avenidas e salões

Veneno e corações

Bozo e boi-tatá

Madrugada e amanhecer

Areia nas bundas desnudas

Bandeja e colheita

Jeito brando de falar de amor

Jeito antigo de guardar a dor

Viver-cantar-morrer-nascer

Cantar-viver-entrar-sair

Chegar e partir

Final

Princípio

Minha voz,minha vida

Minha bússola,minha desorientação

Minha luz escondida

Se o amor escraviza...

Mas é a única libertação

Minha flor que cresce sem limite

Meu vício

Minha coragem

Eu tenho um beijo preso na garganta

Não adianta

Seja feliz

Não tem mais fim

Amor.