sábado, 18 de outubro de 2008

Sexta-feira

Já estava tudo certo.
Era como se a espera fosse engoli-la por inteiro.
Seu todo era só tempo.
Aflição era o que se via, a angustia não saia de perto e a espera mais uma vez a engolia.
Sentou. Cruzou pernas, braços e cabeça.
Cruzou o medo de não encontrar o que queria.
Cruzou o corredor como que querendo distração. Aflição.
Voltou ao seu lugar, sentou. Mais cruzadas.
Encruzilhadas.
Beirou a loucura e o choro foi consequência.
Beirou a beirada da janela. Precipício.
Melhor recolher as lágrimas e sair. E saiu.
Foi à lugar nenhum e decidiu voltar.
Numa sexta-feira de nunca mais.

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