Encontro naquele intervalo de tempo
um pedaço do teu rosto magro, palido, e eu como
antropofagicamente
eu cheiro cada parte da sua face esmagada num papel fosco
degustar cada pedaço do teu dente e boca sorrindo, pra deus sabem quem...
sem paisagem, sem fundo, sem tocar o chão que é de asfalto
e queima os pés descalços dos meninos que correm entre os carros
que também correm rápido
mais rápido que o susurro do som
que esta aqui e lá ao mesmo tempo
tempo que afaga absorvendo-me
escondendo tudo que não escapou por um triz .
2 comentários:
KROLEKE, arrasou :P
Amei o antropofagicamente no meio do texto, deu um ar super profundo ao texto
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