quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Só na quinta de manhã.

Meu pai não acordou às 4:32 da manhã.
Ele não me cutucou quando acordou.
Não escovou os dentes rapidamente e nem saiu com o pálido poodle que dormia no meio da sala.
Não ligou o computador para trabalhar às 4:48 da manhã.
Não andou pela casa acompanhando o assobio dos tantos passarinhos dispostos pela casa estreita.
Não reclamou da incompetencia de ninguém, nem minha nem dele mesmo.
Não me acordou balançando meu dedão do pé, como costumara fazer todos os outros dias.
Não me fez levantar rapidamente, como num susto.













Eu não dormi em casa.













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2 comentários:

frassinetts disse...

antes de ver o final pensei que o pai tinha morrido e era um texto fúnebre de despedida ou lamentos!

salve auguxtus, arrasou!

Guxtin Barros Filho disse...

parece mesmo né?
hehehehehe. =]