quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Desencontos #2

Chegou em casa pontualmente às sete. Maravilha!
Sua irmã a esperava, a mesa posta, a família toda. A enfermeira comia em silêncio. Tratou de esquecer o acontecido instantes antes. Esqueceu-se até de contar à irmã.

No dia seguinte, tudo sempre igual. O plantão, os pacientes, a paciência.
Inteligência.

Largou. Tragou mais um cigarro, e ao anoitecer, já seguia pelas mesmas ruas de sempre.
As esquinas de sempre.
O sinal que era verde, amarelava e amadurecia.

Poucos minutos estava no ponto de ônibus.

- Olá! - saudou o homem que ela encontrou no dia anterior - lembras de mim?
A enfermeira respondeu com um sorriso tímido, cabeça baixa. Olho no relógio.

- Estou esperando um amigo, ele é o proprietário disto aqui - disse à moça como se ela houvesse de fato feito uma pergunta, e apontava com o polegar para uma casa antiga, de três pavimentos, onde funcionava um hotel.

- É muito bonita a casa... - disse a jovem, com olhar vago.

O homem a olhava com respeito, porém de alto a baixo. Era um gentleman, com certeza.

- Oh, esqueci... meu nome é ************... - disse o homem, estendendo a mão.
A moça timidamente sorriu, apertou-lhe a mão, porém seu ônibus já chegava.
- Adeus! - disse apressadamente, para depois correr até a porta do ônibus.

E do ponto, ************ apenas olhava o veiculo partir, serenamente.

P.S.: Preciso que me dêem dicas para os nomes da enfermeira e do homem misterioso, oks?

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